O setor de blockchain e cripto teve um de seus anos mais fortes já registrados em 21/22. As principais criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, atingiram recordes, levando o mercado a ultrapassar a marca de US$ 2 trilhões pela primeira vez na história.
Uma série de protocolos promissores, como Solana, Avalanche, Polkadot e Hedera Hashgraph, também entraram em cena para reivindicar seu lugar no centro das atenções.
Enquanto isso, o Ethereum continuou sua transição para Proof of Stake e implementou mudanças importantes em seu mecanismo de taxas. O último ano foi o ‘ano do boom’ das NFTs, da maturação do DeFi e das preocupações com o meio ambiente. Então o que podemos esperar do futuro?
Maturação NFT
O enorme sucesso que os projetos NFT tiveram em 21/22 nos deu um gostinho do grande potencial dos tokens não fungíveis. Em 2023, a tendência é que o mercado continuará a crescer, à medida que os desenvolvedores continuarem desenvolvendo esta tecnologia.
E enquanto os projetos focados em arte não estão indo a lugar nenhum, 2023 também deve trazer uma ênfase maior na utilidade. Nos próximos anos veremos dois catalisadores para uma potencial mudança em direção à utilidade:
- A primeira é a crescente proeminência do Metaverso, que já desafia a forma como percebemos a propriedade de ativos digitais e promete nos dar novas formas de compartilhar e desfrutar de experiências virtuais.
- O segundo fator que precisamos considerar são os jogos. Até agora, a incursão dos NFTs nos jogos tradicionais foi recebida com uma reação significativamente ruim dos jogadores, o que francamente não surpreende, dado o quão apressadas foram as tentativas iniciais de implementar a tecnologia.
Evolução contínua do DeFi
O espaço DeFi continuou a crescer em 21/22, com os principais projetos intensificando sua tecnologia e utilizando soluções de dimensionamento para melhorar a eficiência.
A última parte do ano viu o surgimento da narrativa ‘DeFi 2.0’, impulsionada pela crescente popularidade de uma nova onda de produtos, como Olympus DAO, Rari e Tokemak.
Embora haja um debate sobre se o apelido ‘DeFi 2.0’ é justificado, é, no entanto, indicativo da evolução contínua do espaço DeFi e da tecnologia por trás das finanças descentralizadas.
Em 2023, essa tendência provavelmente continuará, com melhorias tecnológicas permitindo que os desenvolvedores criem produtos e melhores modelos de liquidez. Também é provável que vejamos as primeiras tentativas sérias em criar melhores plataformas de apostas online.
O termo ‘best bitcoin casino’ vem crescendo em popularidade nas buscas no mundo todo – e o setor de jogos de azar e apostas está adotando fortemente as tecnologias DeFi em busca de satisfazer a demanda dos clientes por mais segurança e anonimato.
Também é provável que vejamos um aumento da presença de produtos DeFi em outras redes além do Ethereum. O sucesso do Pancakeswap na Binance Smart Chain no ano passado mostrou que, embora o Ethereum seja o líder indiscutível no espaço, não é a única opção.
Blockchains amigáveis ao meio ambiente
Uma das críticas predominantes em relação à tecnologia blockchain tem sido relacionada ao seu impacto ambiental que vem como resultado do grande consumo de energia que alguns dos protocolos blockchain mais populares da atualidade exigem.
Especificamente, protocolos que dependem de Proof of Work, pois por design, esse algoritmo de consenso exige que os validadores realizem muito trabalho computacional.
Em 2023, provavelmente veremos um foco maior em aliviar esse problema, especialmente por meio da implementação de algoritmos mais ecológicos, como Proof of Stake.
Por exemplo, o movimento da Ethereum para implementar o PoS, como citamos no início, é em parte impulsionado pelo desejo de tornar a plataforma mais ecológica.