A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (22/3) a Operação Lavanderia, com o objetivo de apurar possíveis crimes de lavagem de dinheiro praticados por empresários residentes no Estado do Tocantins, que estariam enviando e recebendo vultuosos recursos de empresa aparentemente de fachada, localizada no Estado de São Paulo.
Cerca de 70 policiais federais cumprem 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Palmas/TO, Porto Nacional/TO, São Paulo/SP, Santo André/SP e Barueri/SP, todos expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal do Tocantins.
As investigações apontaram que os empresários investigados estariam realizando transações financeiras e imobiliárias com a referida empresa, diretamente ou por meio de interpostas pessoas. Alguns dos investigados já foram citados em outras ações da Polícia Federal, como nas operações Ápia, Carta Marcada e Naum.
Segundo o que já foi apurado, os empresários relacionados nas investigações atuariam na área de eventos no Estado do Tocantins e já firmaram diversos contratos com o Estado e municípios, cuja soma das contratações ultrapassa R$ 45 milhões.
A investigação também busca aprofundar e esclarecer uma possível lavagem de recursos oriundos do IGEPREV/TO. A mesma empresa de São Paulo que transacionava com empresários do Tocantins recebeu quase R$ 2 milhões de empresa destinatária de recursos do IGEPREV/TO, no ano de 2014.
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas que somadas, podem chegar a 18 anos de reclusão, além da perda de bens e valores suficientes para a reparação do dano decorrente da infração penal.
O nome Lavanderia remete ao crime de lavagem de dinheiro, cerne da investigação.
A operação tem como objetivo coibir a continuidade das supostas ações criminosas e colher elementos probatórios suficientes para a comprovação dos fatos, possível prisão dos envolvidos e recuperação dos recursos.