Da Redação JM Notícia- Camila Rodrigues
Após entrevista da vice-governadora e pré-candidata à prefeitura de Palmas, Cláudia Lélis, ao JM Notícia, o Deputado Estadual, Eduardo Siqueira, rebateu às críticas que ela fez em relação à gestão de Amastha, e sobre propostas da pré- candidata. Siqueira se manifestou através de um comentário na matéria. O deputado não esclareceu a quem apoiará nas próximas eleições, e disse que prefere aguardar o desenrolar dos fatos, sem deixar de emitir os posicionamentos dele.
O deputado, que foi eleito nas últimas eleições como candidato mais bem votado da história do Tocantins, com 28.841 votos (3,81%), rebateu questionando Cláudia sobre suas atividades enquanto vice- governadora, e por que não aplicava tais propostas enquanto ocupa o cargo que exerce atualmente.
Eduardo Siqueira falou do aumento dos impostos, combustível e luz, e da situação atual do HGP e do sistema de saúde do Estado. Comentou também sobre a data base atrasada dos servidores.
“Por que não ouviu o povo na hora de subir IPVA, ICMS, combustível e luz? Visitar o HGP com as obras paradas ? Criticar as UPAS é fácil, difícil é repassar o $ que o Estado deve à prefeitura. Abaixe os impostos agora, assim todas as faixas da população agradeceriam. Peça ao governador para voltar a pagar dia 1º, pagar a data base atrasada, repassar os recursos ao Fundo da PM, garantir as conquistas dos servidores. Pensando bem, se conseguisse algo no cargo que ocupa seria bastante mais útil ao povo de Palmas”, disse o deputado.
Posicionamentos – “Tocantins ainda paga os erros da gestão dele”
Em entrevista ao JM Notícia, o deputado afirmou que acredita ser responsabilidade dele, também um direito, discutir a sucessão em Palmas. Eduardo esclareceu ainda não ter nada pessoal com relação à Cláudia, e que discutir as questões da cidade e interesses dos cidadãos não é fazer ataque pessoal, mas sim declara fazer parte do processo e seus interessados.
“Nesse quadro vejo contradições inaceitáveis. Ouvir o cidadão? Por que não o fizeram quando o governo anunciou que faria o maior pacote de aumento tributário da história do Tocantins? Onde fica o gabinete dela? Não é no Palácio? Assim creio que perde a credibilidade falar do prefeito sobre taxas. Dizer que vai reduzir o IPTU? Parabéns, mas porque não reduzir antes o que eles acabaram de aumentar sem nenhuma necessidade? Como falar em incentivar empreendedores com essa carga tributária? Ouvindo o povo, não incluiu ver o número de lojas fechando? Empregos perdidos e falências? Vou além, nessas oitivas, não perceberam que descontar os consignados e não pagar os bancos torna funcionários inadimplentes e inscritos no Serasa? Tendo o Governador decidido ir a Paris, não teria sido razoável assumir o governo e reparar esses erros?- rebateu Eduardo.
Em nota enviada ao JM Notícia, Cláudia Lélis rebateu às críticas de Eduardo, e afirmou que o “Tocantins ainda paga os erros da gestão dele”. Segundo Cláudia Lélis, seus questionamentos são legítimos na condição de eleitor e também representante da cidade de Palmas, onde já foi prefeito e de onde saíram, em 2014, os 4.283 mil votos que ajudaram a somar na sua eleição para a Assembleia Legislativa.
“Sua defesa da gestão municipal é de fato esclarecedora quanto ao rumo que o mesmo pretende tomar nestas eleições. O jeito Eduardo de fazer política é por demais conhecido. Nós, eu e Marcelo Lélis, conhecemos bem seu estilo, dele sofremos as consequências, desde sua infeliz coordenação geral da nossa campanha de 2012, até os dias de hoje” destacou a vice-governadora.
A nota diz ainda que ao advogar favoravelmente à atual gestão municipal e fazer críticas à estadual, “esquece-se que a maior herança da dívida na Saúde é do Governo que manejou até 2014, como primeiro ministro e eminência parda”, rebateu Claudia Lélis.
“O Tocantins ainda vai levar muito tempo para se recuperar de uma gestão desastrosa no Igeprev, o sucateamento da Segurança, a dívida ampliada e tantas outras heranças do Governo do ex-secretário. Desta forma prefiro colher às sugestões do nosso povo nas ruas, em reuniões e encontros que temos promovido. Quanto ao Governo do Estado, seguirei contribuindo para que acerte ao corrigir a herança recebida. Há tempo para isto: quase três anos. Na prefeitura de Palmas, no entanto, a hora do julgamento popular está chegando. Vamos à luta desta vez sem o peso que carregamos nas eleições municipais de 2012”, esclareceu a vice-governadora.