33% dos brasileiros que procuram cancelar uma dívida terão de pedir outro empréstimo para fazê-lo
A possibilidade de ter acesso à financiamento, seja
através de empréstimos, uso de cartão de crédito, cheque especial etc.,
significa um benefício na hora de adquirir bens custosos ou fazer frente a
despesas maiores não previstas na planificação (ex. gastos de saúde, acidentes,
reparações na casa). Hoje em dia, a disposição de aquelas ferramentas de
crédito estão ficando mais perto ainda. Assim, segundo pesquisa da Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), no último ano 40% dos consumidores já utilizaram cartão de crédito de alguma fintech
ou seja, startups que oferecem serviços financeiros por meio de plataformas
digitais simplificando a contratação e disponibilizando a informação necessária
no mesmo site; muitas companhias até disponibilizam simulações online
do crédito, como é o caso da BMG.
Uma dívida para
outra dívida
Mesmo que as vantagens sejam óbvias, é preciso ficar de
olho e não tornar costume se endividar para fazer frente a gastos cotidianos.
Segundo uma pesquisa do Google publicada pela Valor Investe, mais da metade dos brasileiros disse ter pegado
empréstimo para terminar o mês, principalmente
para o pagamento de impostos e outras dívidas.
Ao mesmo tempo, a Serasa informou que, segundo
levantamento, um terço dos brasileiros pretende tomar algum empréstimo nos
próximos meses, e a maioria o utilizará para fechar outras dívidas. De acordo
com a pesquisa, os principais compromissos a ser cancelados são os gerados com
o cartão de crédito (44%), cartões de lojas particulares e crediário (32%) e o
cheque especial (15%).
O problema: saindo de uma dívida para entrar em outra,
a pessoa ingressa numa roda de trocar débitos bem difícil de parar. Se estima
que que aperto de 61 milhões de brasileiros começaram o ano 2020 com alguma
conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras
parceladas.
Mesmo assim, a investigação pelo menos reflete a
preocupação por parte dos consumidores, de ficar ao dia com as obrigações
contratadas e parece ser uma tendência que tomara permaneça. A própria
Confederação de Lojistas (CNDL) informou que o nível de inadimplência nos
créditos vem recuando neste 2020, isto quer dizer que faz dois meses já que o
volume de consumidores com contas atrasadas está diminuindo, ainda que pouco.
A importância da planificação antes de se
endividar
Sem deixar de aproveitar boas condições de empréstimos
para fechar algumas contas mais pesadas, é preciso evitar cair constantemente
nessa sequência que as vezes acaba virando uma bola de neve cada vez pior.
Antes de tomar uma decisão o consumidor deve levar em conta que o importante na
hora de comprar, é ficar seguro que a despesa cabe no bolso. No caso de
utilizar financiamento, por exemplo parcelando, é preciso incluir as parcelas
dos meses seguintes no orçamento pessoal: os problemas começam quando o cartão
de crédito por exemplo é utilizado como complemento de renda ou segundo
salário.