Da Redação JM Notícia
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (5) a segunda fase da Operação Marcapasso, cumprindo mandados de prisão nas cidades tocantinenses de Araguaína e Palmas, e também em Belém (PA).
Cerca de 70 policiais federais cumprem 17 mandados judiciais expedidos pela 4ª Vara Criminal Federal de Palmas. A operação foca no núcleo criminoso que atua na cidade de Araguaína.
Dois médicos que atendem no hospital Dom Orione em Araguaína, Osvair Murilo da Cunha e Arnaldo Alves, foram presos. Em Palmas há um mandado de prisão contra o médico Juan Fernando Terrones Cáceres e em Belém (PA), contra EB Miranda Ara, gerente de uma empresa que fornece produtos para o estado do Tocantins.
A operação Marcapasso investiga um esquema de corrupção de fraude em licitações na compra de órteses, próteses e materiais especiais.
Dos mandados expedidos, quatro são de prisão temporária, quatro de condução coercitiva, duas medidas cautelares, diversas de prisão e sete mandados de busca e apreensão.
Operação Marcapasso
A Polícia Federal tem investigado o esquema que fraudava licitações, onde se contratava a aquisição de equipamentos como órtese, prótese e materiais especiais de alto custo para o sistema de saúde.
Pessoas em nove estados e também no Distrito Federal são investigadas pela PF e a Justiça já determinou o bloqueio de mais de R$ 7,2 milhões em bens dos suspeitos. Esta é a soma do dinheiro que eles teriam recebido indevidamente, sendo que R$ 4,5 milhões se referem às propinas supostamente recebidas por médicos.
O início dessa operação foi a prisão dos sócios da empresa Cardiomed que foram presos em flagrante depois de venderem produtos vencidos para a Secretaria Estadual de Saúde.
Foi então que o esquema de fraudes nas licitações foi apurado e caso chegou a um nível que saiu do Estado do Tocantins, atingindo outros estados brasileiros.