Após a análise de documentos apreendidos na primeira fase da Operação Ápia, a 4ª Vara Federal de Palmas (TO) decretou a prisão preventiva de quatro pessoas ligadas à Construtora Rio Tocantins (CRT). A decisão, que também determinou a busca e apreensão de documentos nas residências dos investigados, foi proferida nesta quinta-feira (27). Conforme a Polícia Federal (PF), todos já foram presos.
Trecho da decisão da 4ª Vara Federal de Palmas, alega que que os quatro presos têm poder decisivo nas atividades da empresa. “Teriam eles participação direta no arquétipo criminoso objeto da presente investigação, e estariam, até o presente momento, cometendo crimes em série”. São eles: Janaína Aires Guimarães (filha do sócio majoritário Rossine Aires Guimarães que está em prisão domiciliar); Cid Hoffman (administrador da empresa), Jairo Arantes (sócio minoritário); e Luciene da Silva Oliveira (empregada da CRT).
Dois já haviam passado por prisão temporária no início das investigações (Jairo e Luciene) e Janaína Aires e Cid Hoffman tiveram as prisões decretadas pela primeira vez na Operação Ápia. Após prestarem declarações na PF, os custodiados serão levados à Justiça Federal, ainda nesta sexta-feira (28), para a realização de audiências de custódia e verificação da regularidade das prisões.
A Operação Ápia desenvolvida pela PF, Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria Geral da União (CGU) investiga supostas fraudes em licitações públicas de obras de terraplanagem e pavimentação asfáltica em rodovias estaduais. Os contratos correspondem a R$ 1,2 bilhão e o total desviado dos cofres públicos pode chegar a R$ 200 milhões. (Samuel Daltan)