Da Redação JM Notícia
A indefinição da candidatura do ex-prefeito Raul Filho (PR) tem causado inquietações e questionamentos não apenas dentro de sua coligação, mas também de seus adversários que percebem ter pouca chance diante da alta popularidade do ex-gestor da Capital. Quem fica no lugar de Raul Filho, na impossibilidade do candidato continuar na disputa? Esse é grande questionamento que se ouve em todas as partes da cidade.
Esse questionamento tem deixado o tabuleiro político quieto nos últimos dias, a espera do julgamento de revisão por crimine ambiental contra Raul Filho (PR), marcado para esta quarta-feira, 24. Caso seja anulado a sentença contra Raul Filho, Ele vai para a disputa como o grande favorito à ocupar o Paço Municipal em 2016. Segundo informações de bastidores, o prefeito e candidato à reeleição, Carlos Amastha (PSB), estaria a espera do resultado para saber se vai às ruas ou se recuará nos gastos com a campanha.
Caso o julgamento tenha decisão contrária, o ex-prefeito perderá a condição de pleitear a prefeitura de Palmas, ficando inelegível, além da aplicação da penalidade. Em sua coligação surgem nomes fortes que poderão suceder o candidato e que já estão de olho na possível vaga, como o nome do deputado federal Carlos Gaguim (PTN); do deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM); o deputado federal Irajá Abreu (PSD); da ex-deputada estadual, Solange Duailibe (PR); da deputada estadual, Luana Ribeiro (PDT); e não menos cogitado, o vereador pastor João Campos (PSC).
Todos os nomes têm fortes bases políticas, alguns com muita rejeição devido ao passado e presente da família na política e outros com não tanta rejeição. Carlos Henrique Gaguim, apenas de hoje estar na Câmara dos Deputados, nunca escondeu a sua ambição de chegar a prefeitura de Palmas. Já Eduardo Siqueira Campos, o primeiro prefeito eleito de Palmas, após passar por muitos baixos na política, devido à última gestão de seu pai, Siqueira Campos, a frente do Governo do Estado do Tocantins, disse que iria recomeçar e fazer diferente. E assim fez, chegou à Assembleia Legislativa, mas nunca escondeu o desejo de voltar a ser prefeito de Palmas.
Irajá Abreu entra no páreo pela vaga, pela força política que sua mãe, a senadora Kátia Abreu (PMDB), ainda tem no estado, mas que na última eleição em 2014, por pouco perdeu a vaga no senado. A deputada estadual, Luana Ribeiro, também sonha em conquistar a cadeira de prefeita da cidade, mas sua falta de popularidade foi testada e reprovada na última eleição.
Solange Duailibe, ex-deputada estadual e esposa de Raul Filho, também foi nome ventilado, entretanto poderá não ser a substituta.
Já um nome pouco ventilado pela oposição é a do vereador e candidato a vice-prefeito, João Campos (PSC), que na eleição para deputado federal conseguiu tirar muitos votos do candidato do prefeito Carlos Amastha, Tiago Andrino (PSB). João Campos (PSC) tem do seu lado boa parte dos evangélicos de Palmas, e isso assusta os adversários.
Apesar das especulações, o grupo de Raul Filho segue confiante que o mesmo irá continuar no pleito. Segundo o advogado da coligação, Dr. Rafael Moreira Mota, “a possível suspensão da condenação imposta ao ex-prefeito Raul filho retira a sua inelegibilidade, tornando-o apto a disputar a eleição municipal”.
Entenda
No último 14 de abril, a Justiça Federal determinou o imediato cumprimento das penas restritivas impostas ao ex-prefeito, sentenciado ainda em 2012 por crime ambiental. A pena prevê o pagamento de multa e a prestação de serviço à comunidade. E de acordo com a Lei da Ficha Limpa, Raul Filho estaria suspenso dos seus direitos políticos, ou seja inelegível.
Raul Filho solicitou a revisão criminal, mas as liminares foram negadas. Em junho o candidato conseguiu habeas corpus, que suspendeu os efeitos da sentença até o julgamento do mérito, que agora está marcado para amanhã, dia 24 de agosto.