Da Redação JM Notícia/Camila Rodrigues
A manhã desta quarta-feira, 04, foi de tristeza para os professores das escolas CMEI Sementinhas do Saber, no setor Santa Fé, e CMEI Sonho de criança, no setor Morada do Sol, em Palmas. Ao chegarem para dar aula normalmente, ficaram sabendo que tinham sido substituídos por outros professores. Surpreendidos com a notícia repentina e sem explicação, o momento foi desesperador, segundo narrou alguns servidores ao JM Notícia. De acordo com alguns professores, a diretoria das escolas não soube explicar o que aconteceu, e agora elas buscam resposta da Secretaria de Educação.
Foi publicado no Diário Oficial do município, na última terça-feira, 03, a anulação de contratos de vários servidores da Educação. Na mesma publicação, logo em seguida, estava a relação dos nomes que seriam os substitutos dos servidores que tiveram o contrato cancelado. No entanto, segundo algumas professoras, elas não foram avisadas de tal decisão, e desconhecem os motivos que levou o prefeito Amastha e o Secretário de Educação, Danilo de Melo, tomar a decisão de rescindir vários contratos, sendo que estes só encerrariam no dia 14 de dezembro.
De acordo com as professoras, que estiveram na Câmara Municipal, na manhã desta quinta-feira, 05, para cobrar medidas de solucionar o problema, o Secretário de Educação teria alegado, em entrevista à Rede Record, incompetência por parte dos professores, e teria reclamado de faltas. Mas, segundo elas, o secretário está equivocado, visto que não consta nas folhas de ponto das escolas tais faltas e que elas participaram do processo seletivo, sendo muito bem preparadas para os cargos que ocupam.
As professoras procuraram o vereador professor Júnior Geo, que afirmou que o Secretário de Educação foi infeliz e inconsequente em sua fala, ao afirmar que os servidores teriam faltado e que estavam sendo incompetentes.
“A Secretaria de Educação, no mínimo, agiu com desrespeito aos servidores. Não somente com desrespeito e um exemplo de má gestão, mas o secretário ainda cometeu uma inflação gravíssima, porque ele divulgou para a imprensa que esses servidores estavam sendo demitidos porque eram servidores faltosos, servidores que não cumpriam com a devida função a qual foram contratados”, disse Geo.
“O que os servidores tendem a fazer é processar o secretário do Município de Palmas, pela fala dele. A prefeitura ou a gestão tem autonomia para contratar e para exonerar a hora que ela quiser, ela não tem é autonomia, ou poder, ou direito sequer de denegrir a imagem, de difamar a imagem e caluniar as pessoas que foram contratadas para exercer uma função, ainda mais com afirmações mentirosas”, complementou o vereador.
O que os professores querem agora é uma justificativa por parte da prefeitura e da Secretaria de Educação, e que a imagem negativa delas seja reparada pelo secretário Danilo de Melo.
“Espero que nós tenhamos uma reposta da prefeitura e que nós tenhamos também a nossa imagem limpa, e não sairmos do jeito que estamos saindo, como se nós fôssemos incompetentes, como se tivéssemos faltando com o nosso compromisso. Isso não é verdade. Eu quero que o Danilo prove o que ele está falando, porque nós éramos sempre monitorados, via câmeras, e temos também as folhas de ponto e temos atas”, disse Jane Vidal.
“Foi desesperador, todo mundo começou a chorar e foi embora. É uma situação complicada porque fizemos planos para o ano, temos os nossos compromissos para arcar com eles. A gente não esperava essa quebra de contrato. E como a gente vai ficar? Seremos ressarcidos disso? Porque isso é danos morais, chegar numa situação dessa, e de repente chega para trabalhar e é dispensado por incapacidade. Nós fizemos um processo seletivo, nós tiramos notas, nós temos títulos e somos graduados. Temos competência sim para ocupar o nosso cargo”, finalizou a professora Dulcimar Oliveira.
De acordo com as professoras, a Diretoria das escolas não soube explicar o que aconteceu. O JM Notícia tentou contato com a Secretaria de Educação, mas até o fechamento desta matéria não obteve sucesso.