Um vídeo gravado durante realização da Escola Bíblica de Obreiros realizada nesta última semana na Assembleia de Deus de Abreu e Lima (Pernambuco), mostra o líder da igreja, pastor Roberto José dos Santos, censurando de maneira veemente quaisquer brecha para dar às mulheres da denominação, mesmo que sejam esposas de pastores, o título de pastora: “Em Abreu e lima não tem pastora, nem consagrada e nem por consideração”, disse de maneira direta.
O discurso duro contra uma prática que tem ganhando amparo em muitas denominações assembleianas Brasil a fora, foi realizado nesta segunda feira (13), no ato de ordenação de novos pastores, no encerramento da EBO.
“O irmão será consagrado Pastor, mas a irmã não é Pastora não. Aqui não tem pastora, nem consagrada e nem de consideração. Não tem Pastora, mas é a esposa do Pastor. Não tem consideração de Pastora e isso é preciso ficar bem claro. Porque agora tá uma moda de pastora. Cada um fica na vocação que foi chamado“, explicou o líder assembleiano, um dos nomes respeitados na AD no Brasil.
O perfil Admiradores do pastor José Carlos, administrado por membros da Assembleia de Deus, explicou como é o atual entendimento sobre a ordenação de mulheres ao pastoreio, dentro das igrejas ligadas à Convenção CGADB.
“As igrejas Assembleias de Deus ligadas a CGADB não permitem e não ordenam mulheres ao pastorado feminino. Essa decisão é histórica e muito antiga. Foi a razão da primeira convenção das Assembleias de Deus no Brasil, em 1930 realizada em Natal/RN na presidência do Pastor Cícero Canuto de Lima. Onde a irmã Frida Vingren, esposa de Gunnar Vingren, já ocupada várias funções na liderança da igreja, e isso fez com que os Pastores do nordeste convocasse essa primeira convenção e debatessem sobre o assunto, sobre os cargos que a mulher pode assumir dentro da igreja. Ficou decidido naquela data que a mulher não seria ordenada a Pastora e nem ocuparia estas funções exclusivas ao homem. A mulher teria toda a liberdade de trabalhar na seara do mestre Jesus, em qualquer departamento, só não poderia assumir a função de Pastora da Igreja.
Polêmica da revista
Há três meses, o nome do pastor Roberto José também esteve em destaque na mídia, devido à sua posição contrária à adoção no trimestre atual da revista de adultos da Escola Bíblica Dominical da CPAD. O motivo era o comentarista, que segundo o pastor, tinha ¨posições ideológicas marxistas, apoiar à teologia da libertação e a promoção do ecumenismo em ambientes confessionais assembleianos”.
Pouco tempo depois, porém, o o pastor Roberto José e se reuniu com o pastor José Wellington Costa Júnior, presidente da CGADB e resolveu quebrar o silêncio, pediu perdão no que ele denominou de “inquietações” geradas pelas publicações que não foram autorizadas e decidiu usar a revista.
Assista o vídeo: