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Vacina contra a Covid-19 não é a ‘marca da besta’, esclarece teólogo

Em seu programa, exibido em 15 de julho, Hanegraaff disse que esta interpretação das Escrituras é “tão enganosa quanto perigosa”.

O teólogo Hank Hanegraaff, apresentador do programa “Bible Answer Man” nos EUA, disse que a vacina contra a Covid-19 não é a marca da besta, em resposta a comentários feitos por Kanye West.

Em entrevista a revista Forbes, o rapper disse que é “extremamente cauteloso” sobre a vacina contra o coronavírus. “Essa é a marca da besta”, disse ele. 

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“Eles querem colocar chips dentro de nós, querem fazer todo tipo de coisa para nos impedir de atravessar os portões do céu”, acrescentou. “O mais triste é que nem todos conseguiremos chegar ao céu, que haverá alguns de nós que não conseguirão”.

Em seu programa, exibido em 15 de julho, Hanegraaff disse que esta interpretação das Escrituras é “tão enganosa quanto perigosa”.

“Digo isso porque, biblicamente, a marca da besta é simbólica. É muito óbvio que é uma paródia da marca do cordeiro”, enfatizou. “A interpretação bíblica é importante. Se interpretarmos a Bíblia incorretamente, pensaremos que a Bíblia é um monte de bobagens”.

“A marca em Apocalipse 13 simboliza a identidade com a besta. Sendo assim, se identificar com o reino de Satanás é o que vai te manter fora do céu, e não ser vacinado”, esclarece o teólogo. 

Ele esclarece ainda que, na realidade, a marca na testa ou na mão direita “são símbolos do Antigo Testamento sobre as crenças e comportamento” das pessoas.

Um exemplo disso está em Êxodo 13:19, segundo Hanegraaff, quando a Bíblia diz que o consumo do pão sem fermento seria “como sinal em sua mão e memorial em sua testa”. “E assim, a marca da besta em Apocalipse está firmemente amarrada às Escrituras”, afirma.

Sendo assim, o teólogo acredita que a marca da besta não seja uma vacina ou um microchip. “Ter a marca da besta é negar intencionalmente nos pensamentos, nas palavras e nas ações o senhorio de Jesus Cristo”.

Em vez de temerosamente evitar vacinas, os cristãos devem, com “temor e tremor, resistir à tentação de se conformar com os sistemas malignos deste mundo”, disse Hanegraaff.

“Apaixone-se novamente pela Palavra de Deus, em vez de se apaixonar pelas palavras dos ícones sociais”, ele aconselhou. “Que tal aceitar em alta voz a marca do cordeiro? Que tal oferecer seu corpo como sacrifício vivo, sendo transformado pela renovação de sua mente?”

Seguindo a mesma linha de interpretação da Bíblia, o estudioso Matthew Halstead avalia que a marca da besta não é “um procedimento médico” ou uma “marca física ou visível”.

“Ao contrário de algumas teorias assustadoras, que no passado ganharam força em alguns círculos evangélicos, a marca não é algo que possa ser acidentalmente tomada”, disse ele. “Por quê? Porque a marca da besta (Ap 13:16-18) é uma marca que está intimamente ligada à adoração à besta (Ap 13:12, 15; 19:20; 20:4). Assim, a marca da besta é uma marca de lealdade e devoção à besta”.

“Portanto, você não precisa temer receber a marca da besta tomando uma vacina — a menos que, é claro, planeje tratá-la como uma espécie de expressão simbólica ou ‘sacramento profano’ da sua rejeição intencional e pública da fé cristã que você despreza. Se esse é você e esse é o seu plano, então não é a vacina que é o problema”.

(Com Guiame)

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