Membros do grupo mercenário Wagner nas ruas de Rostov. Foto: Reuters
Neste sábado, 24, está ocorrendo uma ameaça de guerra civil na Rússia. O chefe do grupo de mercenários Wagner, Yevgueni Prigozhin, tomou o controle da cidade russa de Rostov, após cruzar a fronteira de Ucrânia para o interior da Rússia. Ele está liderando uma coluna de milicianos, denominada “marcha pela justiça”, em direção a Moscou, com caminhões e tanques.
As autoridades locais informaram que as tropas de Wagner já se encontram na região de Lípetsk, a 340 quilômetros ao sul de Moscou. O governador local afirmou que estão tomando medidas para garantir a segurança da população, mas recomenda que os residentes permaneçam em casa e evitem viajar.
A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia e a OTAN, está acompanhando de perto os acontecimentos. A Ucrânia interpreta esses eventos como um sinal do colapso do regime de Putin, e vários países têm recomendado que seus cidadãos evitem viajar para a Rússia e para o centro de Moscou.
A inteligência militar britânica considera que a Rússia está enfrentando o desafio mais significativo dos últimos tempos, e a lealdade das forças de segurança será fundamental para o desfecho da crise.
Embora o chefe do grupo Wagner, Yevgueni Prigozhin, afirmou que não se trata de um golpe de Estado, mas a realidade é que ele cruzou a fronteira russa a partir da região de Rostov, na Ucrânia, com cerca de 25.000 homens. Ele alega que a marcha é uma resposta ao “caos” causado pela cúpula militar na guerra no país vizinho e à morte de mais de 100.000 soldados russos.
O presidente russo, Vladimir Putin, pediu unidade e afirmou que não permitirá uma guerra civil na Rússia.
Com UOL