Desde o final do mês de março a rotina de estudantes, professores, técnicos e colaboradores da UFT mudou muito. As aulas foram paralisadas, boa parte do serviço está sendo feito de forma remota, entre tantas outras peculiaridades. Mas agora é hora de começar a pensar como será a volta às aulas e retomada da rotina, ainda que não haja uma data exata para isso, há a consciência de que será diferente da forma desenvolvida antes das medidas de proteção decorrentes do Covid-19.
Para isso, a Comissão de Atividades Docentes – que conta com representantes de todos os câmpus, da graduação, pós-graduação, docentes, discentes e representantes da gestão superior – em reunião realizada no início de maio, aprovou a proposta de iniciar a discussão e análise do contexto atual. Posteriormente serão apresentadas diretrizes para o desenvolvimento de alternativas referentes às atividades de ensino, quando autorizado o retorno pós pandemia dos órgãos competentes.
A pró-reitora de graduação, Vânia Passos, destaca que a estratégia de retomada leva em conta o Plano de Contingenciamento aprovado pela UFT, por meio da Resolução Nº 23/2020, a Portaria MEC Nº 473, de 12 de maio de 2020, que em seu Artigo 1º prorroga, por mais 30 dias, o previsto no § 1º do art. 1º da Portaria nº 343, de 17 de março de 2020 e a Medida Provisória Nº 934, de 1º de abril de 2020, que estabelece normas excepcionais sobre o ano letivo ensino superior, decorrentes das medidas para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de que trata a Lei nº 13.979, de 06/02/2020.
Vânia explica ainda, que a gestão superior tem pautado todas essas questões e a Comissão de Atividades Docentes assumiu o processo de organizar as discussões iniciais referentes à análise do contexto atual e apresentar as diretrizes para o desenvolvimento de alternativas referentes às atividades docentes. “Consideramos que essa discussão deve perpassar pela compreensão acerca da educação a distância, ensino online, ensino remoto, ensino híbrido, currículo, metodologias de ensino, relação pedagógica professor-aluno e saúde mental, com ampla participação da comunidade acadêmica”, pondera ela.
Além disso, a Comissão ressaltou que a situação requer que se leve em conta temas considerados importantes nas discussões, como a análise e estudo das normativas de modo a garantir um fundamentação pedagógica, teórico, prática e jurídica, com a garantia de que a discussão seja ampliada para a participação da comunidade acadêmica da UFT.
Trabalho conjunto
Nesta quarta-feira (27 de maio), a Comissão se reúne novamente para definir os cronogramas de reuniões em cada câmpus, bem como a metodologia dos trabalhos a serem realizados. A discussão será ampliada à toda comunidade acadêmica e é muito importante a participação de todos, assim que forem divulgadas as agendas de discussões por câmpus.
“A situação é complexa, mas acreditamos que, em conjunto, podemos encontrar uma alternativa que seja pertinente às características de excepcionalidade e complexidade que temos a enfrentar. O desafio é grande, mas nos proporcionará o fortalecimento pela defesa e desenvolvimento da educação superior de qualidade”, garante Vânia.