Ícone do site JM NOTÍCIA

Tocantins entra para o seleto grupo de centros de tratamentos cardíacos infantis

Da redação

Foto: Ascom – Prefeitura de Araguaína / DINO


As primeiras cirurgias cardíacas infantis congênitas no Tocantins foram realizadas no último dia 27 de setembro no Hospital Municipal de Araguaína, que está sob a gestão do Instituto Saúde e Cidadania – ISAC. Com esse feito, o Tocantins passa a ser um dos estados a realizar procedimentos como esse, que são considerados de alta complexidade, contribuindo para o processo de regionalização dos serviços.

Araguaína passa a ganhar destaque no Estado por receber cirurgias dessa natureza, já que em todo o sistema de saúde do Tocantins, seja na rede pública ou privada, não existia nenhum serviço de cirurgia cardíaca pediátrica estruturado.

Equipe capacitada

Vinte profissionais formaram a equipe multidisciplinar responsável pelas cirurgias, que foram realizadas pelo cirurgião cardíaco Dr. Arthur Henrique de Souza, acompanhado do também cirurgião cardíaco João Alberto Pansani.

O serviço de cardiologia do Hospital cuidou de todo o fluxo do paciente, desde a seleção e realização do pré-operatório até o pós-operatório. Os pacientes receberam atendimento imediato após a cirurgia na UTI Pediátrica que é coordenada pelo médico cardiologista e chefe do serviço de cardiologia Dr. Márcio Brito, além da participação dos demais profissionais da unidade.

Pactuação

O Governo do Estado e a Prefeitura de Araguaína firmaram um Termo de Cooperação para viabilizar a realização de cirurgias cardíacas infantis congênitas no Hospital Municipal, referência no atendimento pediátrico para o norte do Tocantins.

O Instituto Saúde e Cidadania – ISAC, responsável pela gestão da unidade, foi fundamental nesse processo e será o executor de todos os procedimentos.
O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, pontua que Araguaína segue se destacando como um polo de saúde.

“A cada dia Araguaína amplia o atendimento médico hospitalar. Além de atrair médicos especialistas, forma excelentes profissionais nos dois cursos de medicina, da UFT e do Unitpac”, frisa o prefeito.

Fila de espera

Existem no Brasil poucos centros de tratamentos cardíacos infantis, sendo apenas 2 na região norte do país, o que acaba aumentando a fila de espera por uma cirurgia. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, de 2016 a 2018, o Estado do Tocantins gastou cerca de R$ 10 milhões com a transferência de 56 crianças para outros Estados para cirurgias cardíacas e por meio de decisão judicial. Já os pacientes regulados foram 136 nesse mesmo período.

“A partir de agora, as cirurgias cardíacas pediátricas passam a ser realizadas em território tocantinense, sem a necessidade de deslocamentos para outros estados. Esse atendimento no domicílio proporciona aos pacientes e seus acompanhantes uma melhora significativa na qualidade do serviço prestado, além da redução de gastos com a realização das cirurgias dentro do Estado”, ressalta o secretário estadual da saúde, Dr. Edgar Tollini.

(Com Terra)

Sair da versão mobile