Governo Federal lança plano nacional de combate às drogas e acolhimento de usuários

Uma iniciativa inédita do Governo Federal irá estabelecer ações para combater o tráfico de drogas no Brasil e cuidar dos usuários com foco na reinserção social e no tratamento humanizado. É o Plano Nacional de Políticas sobre Drogas (Planad), lançado na quarta-feira (22/06), durante a abertura da 24ª Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, em Brasília.

Assinado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em conjunto com o Ministério da Cidadania, e aprovado por unanimidade pelo Conad no final de maio, o documento reúne ações dos Ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Saúde, da Educação, da Economia, da Defesa, das Relações Exteriores e da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Redirecionamento

A iniciativa muda o viés das ações públicas: as forças de segurança ampliam o trabalho de repressão e os demais órgãos incluem o tratamento de dependentes em programas que geram oportunidades de trabalho fora do crime.

É o caso dos centros de recuperação que acolhem os usuários. “Assinamos aqui protocolos de prevenção e atuação conjunta. O governo investe e acredita no trabalho das 684 comunidades terapêuticas do Brasil. Mais de 200 mil famílias foram atendidas e tiveram ajuda para que os usuários tivessem uma nova vida”, reforçou o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento.

De acordo com o Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad/MJSP), Paulo Gustavo Maiurino, também estão no radar da prevenção drogas lícitas como o álcool, o tabaco e medicações legais. “O consumo de drogas é um problema social gravíssimo que gera violência. Nesse contexto, o Planad une população, especialistas e o poder público em um debate sério para enfrentar o problema”, explicou.

Polícia Civil do Tocantins apreende mais de 220 kg de pasta base de cocaína que eram transportados em aeronave

A Polícia Civil do Tocantins (PC/TO) apreendeu na tarde da quinta-feira, 2, em Porto Nacional, 221 kg de cloridrato de cocaína (pasta base), avaliados em cerca de R$ 80 milhões. A apreensão ocorreu após a Polícia Civil do Tocantins receber informações da Polícia Civil de São Paulo dando conta de um possível pouso de aeronave que estaria transportando entorpecentes.

Após receber as informações, a equipe da 7ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Porto Nacional), com apoio da Polícia Militar do Tocantins (PM/TO) e da Guarda Metropolitana de Porto Nacional, passou a monitorar os aeroportos e as pistas de pouso da cidade.

A droga estava em um avião da Embraer, modelo BEM-810C, avaliado em R$ 400 mil. O piloto e o copiloto da aeronave, que tinham decolado em Jaboticabal-SP, foram presos em flagrante.

“Ao verificarmos o pouso da aeronave, efetuamos a abordagem, constatamos o transporte de drogas e demos voz de prisão aos dois tripulantes, que foram conduzidos para a Central de Atendimento da Polícia Civil para a lavratura do flagrante”, explicou o delegado Túlio Pereira Mota, acrescentando que a apreensão da droga gerou um prejuízo ao crime de R$ 80,4 milhões.

Ainda segundo o delegado, os tabletes de droga foram encontrados dentro de malas e tinham impressos o rosto do Al Capone, gângster americano mais famoso da história que dominou o crime organizado em Chicago, nos Estados Unidos.

Operação Hórus 

A ação nessa quinta-feira, 2, fez parte da Operação Hórus no Tocantins. A operação é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e atua no combate ao crime nas fronteiras e divisas do país. Com a coordenação da Secretaria de Operações Integradas (Seopi/MJSP), ela se consolida como uma ação integrada das forças de segurança pública no combate ao crime organizado e repressão aos delitos transnacionais.

Al Capone

Alphonse Gabriel mais conhecido como “Al” Capone foi um gângster e mafioso norte-americano que viveu nos Estados Unidos nas décadas de 1.920 e 1.930. Al Capone liderou um grupo criminoso que geria diversas atividades criminosas, como apostas, agiotagem, prostituição e, principalmente, comércio e contrabando de bebidas. Em 1931, foi condenado pela justiça norte-americana por sonegação de impostos a onze anos de prisão sem condicional.