Os partidos Solidariedade e PRD (Partido da Renovação Democrática) anunciaram nesta quarta-feira, 25, a formação de uma federação partidária para atuação unificada em todo o País. O novo bloco reúne dez deputados federais — cinco de cada legenda — e passa a integrar oficialmente o quadro político nacional.
A federação partidária obriga os partidos a atuarem de forma conjunta por, no mínimo, quatro anos, mantendo unidade nas decisões e orientações parlamentares. A medida permite o fortalecimento institucional das siglas e tem validade nacional, inclusive em disputas eleitorais.
O lançamento oficial contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Para ele, a união entre Solidariedade e PRD reforça o compromisso com um debate político mais equilibrado. “Ela terá muita responsabilidade para discutir o que queremos para o país, já vislumbrando as eleições para o ano que vem. E o momento é defender o que o Brasil precisa”, afirmou.
Atualmente, o Brasil tem três federações em funcionamento, que agrupam sete partidos: PT-PCdoB-PV, PSOL-Rede e PSDB-Cidadania. A nova federação se junta a esse grupo com o objetivo de ampliar sua presença política até 2026.
O líder do Solidariedade, deputado Aureo Ribeiro (RJ), destacou a intenção de ouvir a população e fortalecer as siglas nos estados. “Vamos contribuir com o debate nacional e iniciar um processo de escuta para saber o que cada população quer”, afirmou.
Já o líder do PRD, deputado Fred Costa (MG), criticou o clima de polarização política e disse que o novo bloco buscará mais equilíbrio. “É um retrocesso essa guerra instalada entre os extremos. O maior prejudicado é a sociedade e os mais necessitados”, declarou.
A federação terá estrutura própria e regras internas definidas pelas direções dos dois partidos. A expectativa é de que, além da atuação legislativa, o grupo unifique estratégias para as eleições municipais de 2026.
