Da redação
Com a finalidade de capacitar servidores para atuarem na solução de conflitos no interior dos estabelecimentos prisionais, o Governo do Tocantins está promovendo o primeiro Curso de Formação do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) dos Sistemas Prisional e Penitenciário está acontecendo na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). O curso teve início no dia 07 de setembro, com 44 servidores matriculadas. O objetivo é o melhoramento das ações de intervenção rápida nas unidades, aplicando os procedimentos e as técnicas adequadas, dentro da legalidade e do uso seletivo da força.
Para o gerente de Atendimento e Operações do Sistema Penitenciário e Prisional da Seciju, Bionor Vaz Teixeira, o curso de formação é um avanço para o sistema. “O Curso de Formação do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) é de grande importância, pois o nosso Estado era o único da federação sem um grupo de intervenção tática constituído. O GIR sempre será acionado nos momentos difíceis e situações adversas, por isso durante o curso de formação recebem um intenso treinamento operacional, técnico e psicológico para saber agir nessas circunstâncias”, ponderou. As aulas práticas são ministradas por quatro agentes execução penal do Sistema Penitenciário do Tocantins que já foram capacitados em cursos de realizados em outros estados.
Capacitação
Segundo o instrutor da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais do Distrito Federal (Dipoe), Anderson Furtuoso, as aulas ministradas para os alunos irão qualificá-los para debelar qualquer tipo de rebelião dentro das unidades prisionais. “A doutrina da intervenção não é agredir os apenados. Estamos aqui para ensinar os agentes a fazerem a intervenção de maneira correta, respeitando os princípios da legalidade. Utilizando contra os internos em caso de rebeliões o uso diferenciado da força, fazendo a contenção e isolamento. Caso algum deles se demonstrar agressivo, ele será imobilizado, retirado e contido” explicou o instrutor.
Nas aulas de Controle de Distúrbio Penitenciário foi apresentado aos agentes métodos de como controlar e dispersar multidões em levantes dentro das unidades prisionais. “As técnicas de controle fazendo uso dos escudos balísticos possibilitará ao grupo tático maior proteção para executar seus serviços dentro das galerias”, disse Anderson Furtuoso.
O agente de execução penal, Francisco Silva Filho, está participando do curso e ressalta que a capacitação possibilitará aos servidores do sistema penitenciário otimizar a realização de seu trabalho. “Participar desse curso está sendo uma experiência muito boa, o sistema passa por uma reestruturação e esse curso está trazendo mais conhecimento para os servidores do Estado. Absorver esses ensinamentos é de suma importância para que possamos aplicá-los no cotidiano do nosso trabalho”, ponderou o servidor.
Curso
Durante o curso, os agentes inscritos tiveram aulas de Técnicas Contra Emboscada, de Abordagem, Socorrismo Tático, Controle de Distúrbio, Noções de Inteligência, de Patrulha Rural, de Explosivos em Ambientes Prisionais e Noções de Utilização de Cães em Ambiente Prisional. Também foram abordados os Direitos Humanos, Lei de Execução Penal, Combate a Incêndio, Gerenciamento de Crise, Legislação Aplicada ao Agente de Execução Penal e Procedimento Administrativo Disciplinar entre outras.
O curso está sendo executado com o intuito de capacitar os agentes para enfrentamento de situações de extrema periculosidade dentro das unidades prisionais com a colaboração do Grupo de Operações com Cães (GOC), Companhia Independente de Operações Especiais do Tocantins (CIOE), Corpo de Bombeiros do Tocantins, Grupamento de Intervenção Tática do Rio de Janeiro (GIT-RJ), Batalhão de Policiamento Choque da Polícia Militar do Tocantins (BPCHOQUE), Grupo de Intervenção Tática de São Paulo (GIR-SP) e Diretoria Penitenciária de Operações Especiais do Distrito Federal (Dipoe).