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Roda de conversa do projeto Cultura MP desmistifica mitos sobre o suicídio

Da redação JM

A palestrante desconstruiu a ideia de que as pessoas que tentam suicídio querem apenas chamar atenção para “fazer graça”. Foto: Divulgação

Na tarde desta quinta-feira, 28, o projeto Cultura MP promoveu uma roda de conversa com a psicóloga Leny Carrasco, com o objetivo de desmistificar os mitos que cercam o suicídio. Na abertura, a Promotora de Justiça Zenaide Aparecida da Silva, titular da 21ª Promotoria de Justiça e responsável pelo projeto, destacou que essa atividade é uma ótima oportunidade para se discutir um dos problemas que mais afetam a juventude atualmente.

Leny Carrasco, que trabalhou por três anos no Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) e atualmente integra a área técnica de gerência de saúde mental do Município de Palmas, ressaltou que a roda de conversa seria realizada com uma metodologia de imersão. “Eu não trago dados, o que eu preciso é que as pessoas entendam como um indivíduo que tenta suicídio pensa. É preciso que se compreenda a cabeça dessas pessoas e só tem uma forma de fazer isso: entrando no mundo dela”, pontuou.

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A palestrante desconstruiu a ideia de que as pessoas que tentam suicídio querem apenas chamar atenção para “fazer graça” e esclareceu que esse ato é, na verdade, uma tentativa de pedir ajuda. Além disso, destacou que o comportamento suicida não acontece apenas na tentativa de tirar a vida, mas evolutivamente, em todos os atos maléficos que o indivíduo comete contra si.

Outro mito desmistificado é de que os indivíduos com tendência ao suicídio sempre têm alguma perturbação mental, como depressão. Na verdade, o suicídio é multifatorial e a depressão é apenas um dos fatores, que nem sempre é determinante, ou seja, nem todas as pessoas que têm a doença tentarão o ato. Além disso, ressaltou que esse problema ocorre com qualquer tipo de pessoa e independente da condição social e da família.

Ao longo da roda de conversa, os participantes puderam tirar dúvidas e a psicóloga Leny Carrasco reproduziu clipes de músicas para eles refletirem sobre o que as pessoas querem dizer em alguns atos e palavras, e como aquilo que é dito pode afetar profundamente o outro, mesmo sem a intenção.

Por fim, a palestrante abordou a responsabilidade da imprensa em tratar esses assuntos, sem glorificar o ato e sem dar detalhes de como as práticas acontecem, mas estimulando o diálogo e a procura por ajuda especializada.

( Com MPE TO)

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