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Ricardo Gondim diz que “homossexualidade não é pecado” e se arrepende de pregar contra a prática

O pastor Ricardo Gondim, da Igreja Betesda, seguindo outros pastores progressistas, resolveu fazer uma nova interpretação dos textos bíblicos que condenam a prática homossexual para dizer que a homossexualidade não é pecado.

O texto compartilhado por ele nas redes sociais mostra que o ex-pastor assembleiano está cada vez mais longe das crenças cristãs enquanto abraça o relativismo e o secularismo.

“Leio textos em Levíticos e Romanos a partir do contexto de práticas religiosas pagãs e não da proibição do amor entre pessoas do mesmo sexo. Pastores e igrejas perdem inúmeras pessoas lindas por elas virem de fora das normas culturais. Por outro lado, acolhem fariseus moralistas, imorais e violentos”, diz trecho do texto.

Ele tam se desculpa por algum dia ter apoiado a ideia de que o estilo de vida dessas pessoas é errado. “Conheci de perto as pressões que elas sofrem, com discriminação, repúdio e exclusão. Eu mesmo, em tempos fundamentalistas, rotulava gays de ‘pervertidas’, ‘pecadoras’, ‘abominações’. Escrevi textos e participei de conferências em que fui homofóbico: ‘não há lugar para pessoas homossexuais no reino de Deus’, era uma das minhas frases (…) Pedi perdão a Deus, mas não foi suficiente; me comprometi a usar todo esforço para acolher. Equivalente em oferecer esperança. Com a mesma determinação que enxotei, eu acolheria”, acrescentou.

“Com distintas peculiaridades, uma pessoa homossexual pode ser até parecer esquisita onde os comportamentos hétero são mais aceitos, mas isso não pode ter absolutamente nada a ver com caráter, integridade, beleza interna. Homossexualidade não é pecado”, escreveu Gondim.

Confira a íntegra do texto de Ricardo Gondim publicado em sua página no Facebook:

Minha bandeira não é a homossexualidade; minha causa é o amor hospitaleiro. Minha causa transcende essa pauta.
Não sou gay, mas sou pastor que vê essas pessoas sem os óculos da discriminação e da culpa é do pecado.
Alguém pode me perguntar: “Por que você se desgasta em insistir na defesa dos direitos e normalização das pessoas homossexuais e transgênero?
1. Conheci de perto as pressões que elas sofrem, com discriminação, repúdio e exclusão. Eu mesmo, em tempos fundamentalistas, rotulava gays de “pervertidas”, “pecadoras”, “abominações”.
Escrevi textos e participei de conferências em que fui homofóbico: “não há lugar para pessoas homossexuais no reino de Deus”, era uma das minhas frases.
Tais posturas empurraram alguns e algumas para o suicídio. Sujei as mãos de sangue. Pedi perdão a Deus, mas não foi suficiente; me comprometi a usar todo esforço para acolher. Equivalente em oferecer esperança. Com a mesma determinação que enxotei, eu acolheria.
2. Considero alguns textos na Bíblia mais importantes que outros. Por exemplo: um capítulo que proíbe as mulheres de cortar o cabelo obviamente não tem o mesmo peso de um que proíbe assassinar.
Os poucos versículos em que a homossexualidade parece excluída, merecem ser sobrepostos por outros que ordenam acolher, cuidar e o considerar o “estranho” como irmão.
Com distintas peculiaridades, uma pessoa homossexual pode ser até parecer esquisita onde os comportamentos hétero são mais aceitos, mas isso não pode ter absolutamente nada a ver com caráter, integridade, beleza interna.
Homossexualidade não é pecado.
Leio textos em Levíticos e Romanos a partir do contexto de práticas religiosas pagãs e não da proibição do amor entre pessoas do mesmo sexo.
Pastores e igrejas perdem inúmeras pessoas lindas por elas virem de fora das normas culturais. Por outro lado, acolhem fariseus moralistas, imorais e violentos.
A Betesda já tomou sua decisão: jamais discriminaremos qualquer pessoa devido a identidade sexual e de gênero. Todos e todas são bem-vindos e serão incluídos como família.
Seremos um lugar seguro para todos e todas que procurarem abrigo.
Soli Deo Gloria

 

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