O governo britânico anunciou um documento de identidade digital que será obrigatório nas verificações de direito ao trabalho (“Right to Work”) até o fim desta legislatura, prevista para 2029. O objetivo é dificultar a contratação de imigrantes em situação irregular e simplificar o acesso a serviços públicos. O anúncio foi feito em 26 de setembro. O sistema será gratuito e acessível por aplicativo, segundo o governo.
A medida integra a agenda do premiê Keir Starmer para conter o emprego ilegal. Em discurso recente, ele afirmou que ninguém poderá trabalhar no país sem o ID digital quando a regra estiver em vigor. O cronograma prevê a obrigatoriedade nas checagens de empregadores até 2029.
O plano, apelidado de “BritCard” em materiais e análises do setor, prevê um credencial digital que comprove identidade, idade e status migratório. O governo afirma que a proposta reduzirá fraude documental e filas em repartições. Setores de tecnologia e de RH destacam impacto direto nas rotinas de contratação.
Segundo explicador oficial, empregadores terão de checar o ID digital antes da admissão. O governo diz que haverá alternativas para quem não tem smartphone, e que o uso poderá, no futuro, facilitar o acesso a serviços como saúde e benefícios. A base legal inclui marcos recentes para identidade digital no país.
A proposta reabre um debate antigo no Reino Unido. Entidades civis e opositores veem risco de vigilância e uso indevido de dados. Pesquisas citadas pela imprensa apontam queda no apoio popular após o anúncio. O governo sustenta que a verificação digital fechará brechas exploradas por quadrilhas e empregadores desonestos.
Especialistas observam que parte dos imigrantes já usa eVisa (registro digital do status migratório) em checagens on-line. A novidade é estender a exigência de verificação digital a todos os trabalhadores, inclusive britânicos, de forma padronizada.