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Ramadã de 2017 é marcado por terrorismo e intolerância religiosa

Da Redação JM Notícia

 

Acabou nesta segunda-feira (26) o Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos. Durante 30 dias, os seguidores do Islã se dedicam à fé, fazem jejum entre o nascer e pôr do sol.

Durante este período, porém, intensificaram o número de ataques terroristas em diversas partes do mundo, a começar pelo ataque em Londres que marcou o início do mês sagrado.

Desde janeiro já foram registrados quase 600 ataques terroristas que deixaram mais de 4.000 mortos segundo dados do Esri Story Maps e do PeaceTech Lab, que analisa os avanços do terrorismo.

Aumentar o número de ataques durante o Ramadã é uma estratégia utilizada pelo grupo Estado Islâmico que desde 2014 tem levado o terror a todo o mundo. Este ano, porém, os soldados do EI não pouparam nem mesmo mecas, destruindo a mesquita de Al Nuri, em Mossul, no Iraque.

Terrorismo gera preconceito contra muçulmanos

O Conselho de Relações Americanas-Islâmicas aponta que em 2017 o número de crimes de ódio contra muçulmanos cresceu 57% em relação a 2015. Comparado aos casos de 2014, os números dobraram e chegaram a 2.213 casos nos Estados Unidos em 2016.

O preconceito contra muçulmanos tem relação com o medo do terrorismo, e as autoridades de diversos países estão agindo de forma preconceituosa contra este grupo de pessoas.

O secretário de estado americano Rex Tillerson, por exemplo, proibiu a realização de um evento de celebração do Ramadã no governo, rompendo com uma tradição firmada desde 1999 entre republicanos e democratas.

Outra ação política considerado preconceito contra os muçulmanos foi a autorização do Tribunal de Justiça Europeu que permitiu empresas de proibir que mulheres muçulmanas usem véus no ambiente de trabalho ou qualquer outro símbolo religioso.

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