JM NOTÍCIA

Pronto Socorro do HRPN tem uma única médica atendendo; pacientes de 15 municípios estão sendo encaminhados à UPA

Da redação

A UPA está superlotada. Mais de 10 mil atendimentos extras estão sendo feitos nos ultimos três meses

Apenas uma única médica está atendendo  no Pronto Socorro do Hospital Regional de Porto Nacional (HRPN), pactuado para o atendimento dos moradores de 15 municípios da região. Os pacientes que chegam ao HRPN estão sendo encaminhados à UPA – Unidade de Pronto Atendimento do Município, mantida pela Prefeitura que está superlotada.

“Estamos muito preocupados com essa situação porque, a nossa UPA tem limitações técnicas para atender os casos de média e alta complexidade que nos chegam, já que nossas instalações são equipadas para os procedimentos básicos de atendimento de urgência e emergência. Não temos como atender aos pacientes de outros 15 municípios. Estamos pedindo socorro e nos esforçando ao máximo para não deixar as pessoas morrerem por falta de atendimento” – Afirma o prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia.

Sem médicos e profissionais da saúde, Pronto Socorro do HRPN está vazio – Pacientes não conseguem atendimento.

Para a secretária Municipal de Saúde, Anna Crystina Brito Bezerra, essa situação de superlotação existe há mais de três meses e o fato só se agravou e foi formalizado. “A demanda subiu em 300%, estamos atendendo cerca de 10 mil pessoas a mais e nossas despesas subiram na mesma proporção. È uma situação insustentável!” – reclama a secretária.

Jéssica Alves, 22 anos, chegou ao HRPN em convulsão grave e não recebeu atendimento, tendo sido encaminhada à UPA. “ Graças a Deus aqui na UPA tem médico. Minha filha recebeu os primeiros socorros e está em observação” – contra a mãe Adriana Alves.

Entenda

O diretor técnico do HRPN, Astério Souza Magalhães Filho, comunicou, nesta quinta-feira, 28, que o pronto socorro do hospital será fechado a partir desta sexta-feira, 1º de março, por tempo indeterminado, devido à falta de médicos. De acordo com o comunicado, os médicos contratados pediram a extinção do contrato no final de janeiro e, após cumprimento de aviso prévio e sem propostas de melhorias pelo governo, decidiram rescindir os contratos.

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