Iniciativa da Portas Abertas, o projeto de alfabetização de adultos tem alcançado aldeias remotas do Nepal fornecendo educação básica aos cristãos mais carentes na sociedade, especialmente aqueles que são perseguidos (foto).
Os participantes que frequentam as aulas de alfabetização de adultos são em sua maioria mulheres pertencentes a grupos de baixa renda. Para muitos deles, a agricultura é a principal ocupação e alguns também criam animais para gerar renda adicional para a família. Nesse contexto, saber ler e escrever, além de ser realização de um sonho para muitos cristãos, é também uma oportunidade de mudança social.
Ritu, uma das beneficiadas, compartilha: “Eu venho de uma família muito pobre. De onde venho todo mundo considera as mulheres boas para nada e que servem apenas para trabalhar em casa. Como resultado, nunca tive a chance de ir à escola. Mas, agora, depois de frequentar estas aulas, posso ler muito bem a minha Bíblia. Eu percebo que eu era como uma pessoa cega antes. Depois que aprendi a ler, sinto que tenho muito mais confiança. Muito obrigado por organizar essas aulas.”
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O mesmo aconteceu com Deepa, uma cristã já de idade: “Eu frequento regularmente as aulas, apesar da minha agenda lotada. Estou muito feliz agora que posso ler minha Bíblia e também posso escrever meu nome. Agora, acredito que a idade não pode impedir aqueles que estão determinados a aprender. Eu quero aprender mais e espero continuar meus estudos.”
Existem três centros principais do projeto de alfabetização de adultos em aldeias remotas do Nepal, acolhendo 20, 15 e 15 alunos, respectivamente. A maior parte dos estudantes nessas regiões são cristãos e são eles que vêm sofrendo perseguições e desafios financeiros por causa da fé. Além disso, o projeto é uma oportunidade para que cristãos possam ler e estudar a Bíblia e outros livros cristãos e testemunhar da fé com outros.
“Estou muito feliz por estar aprendendo a ler e escrever neste centro. Eu nunca tive a chance de ir à escola e aprender essas coisas. Eu tenho 60 anos agora e sou cristã há 8 anos. Depois que me converti, fui perseguida e criticada por meu filho mais velho. No entanto, ele adoeceu e não havia tratamento que pudesse curá-lo. Até que ele começou a ir à igreja e a orar a Jesus. Depois disso, ele foi curado e também se converteu. Estou tão feliz agora, estou crescendo em Jesus. Eu também estou lentamente aprendendo a ler”, se alegra Sita Devi, outra cristã participante.