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Procurador cristão é perseguido por falar de Deus em evento para pais

Da Redação JM Notícia

 

O Procurador de Justiça Sérgio Harfouche está sendo acusado de violar o Estado laico por ter realizado uma palestra em Dourados (MS) onde teria falado contra a ideologia de gênero e feito uma oração.

O encontro aconteceu em 25 de maio no estádio municipal onde pais de alunos das escolas públicas foram convocados para a assistir a palestra organizada pelo Ministério Público de Dourados.

A palestra tinha como tema a implantação do Projeto PROCEVE – Programa de Conciliação para Prevenir a Evasão e a Violência Escolar e um comunicado divulgado nas escolas afirmava que os pais eram obrigados a participarem sob pena de multa.

Procurador Sérgio Harfouche

O palestrante discurso contra a ideologia de gênero. “Eu ponho filho na escola para fazer ler, escrever, fazer conta e pensar. Não é para discutir a identidade dele não”, declarou.

Harfouche foi aplaudido pelos pais e muitos declararam que também repudiavam o tema. “Eu estou falando de identidade de gênero é se meter na identidade do filho. Quantos repudiam identidade de gênero na escola, digam ‘Sim’!”

Outra parte do discurso do procurador cristão que foi bastante criticada pela imprensa local foi quando ele citou Deus, dizendo que “há um Deus soberano sobre todas as coisas” e dizendo que os pais devem orar por seus filhos.

 

Procurado se defende das acusações

Advogados, juízes, promotores, defensores e professores de direito de Mato Grosso do Sul se uniram e escreveram uma carta aberta repudiando as declarações feitas por Sérgio Harfouche.

O grupo autointitulado de “Juristas pela Democracia” afirmaram que a palestra do procurador “ameaça gravemente a laicidade do Estado” e a “liberdade de crenças consagradas”.

Em sua defesa, o procurador garante que não promoveu nenhum ato religioso. “O artigo terceiro do ECA prevê que a criança tem direito ao desenvolvimento espiritual. O Brasil não é ateu, ser laico não é ser ateu. É tão mais relevante tirar essa molecada da rua, da boca de fumo e colocar na escola”, disse ele ao Campo Grande News.

 

Caso pode prejudicar aprovação da Lei Harfouche

Um projeto de lei que leva o nome do procurador estava em discussão na Assembleia Legislativa do Estado do Mato Grosso do Sul.

A ideia da Lei Harfouche é obrigar alunos envolvidos em atos de vandalismo e indisciplinar a reparar o dano prestando serviços na própria escola.  Os estudantes com mau comportamento teriam que prestar serviços como limpar banheiros, remover as pichações, pintar a escola e etc.

Muitos deputados estavam interessados em votar a favor da Lei Harfouche, contudo a confusão em Dourados fez com que muitos repensassem sobre o tema. Com Informações Campo Grande News e Opinião Crítica.

 

 

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