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Presidente Jair Bolsonaro testa positivo para Covid-19

(Brasília – DF, 06/03/2020) Pronunciamento do Presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Carolina Antunes/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) testou positivo para Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. O resultado do exame foi anunciado nesta terça-feira (7). A CNN noticiou ontem que o presidente sentiu sintomas da doença e resolveu fazer o teste em um hospital da capital federal.

“Acabou de dar positivo”, disse Bolsonaro no Palácio da Alvorada. “Vou seguir o protocolo de isolamento.”

O presidente relatou ter sentido os primeiros sintomas da Covid-19 ainda no domingo (5). Ao longo da segunda-feira, ele sentiu mal-estar, cansaço, dor muscular e febre. Foi a um hospital em Brasília, onde mediu saturação e fez o teste para detectar o coronavírus. O diagnóstico acabou sendo confirmado.

O presidente disse ter ficado sabendo do resultado no final da manhã de hoje. Ele afirmou ainda que já imaginava ter sido contaminado pelo coronavírus ainda no início da pandemia, em virtude de seu contato frequente com a população.

Exame confirma que Jair Bolsonaro testou positivo para Covid-19

“Como presidente, estou na frente de combate”, disse. “A vida continua, e é necessário tomar cuidado com os mais idosos, mas não precisa entrar em pânico.”

Pouco depois do anúncio, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, desejou melhoras ao presidente.“Espero que o presidente esteja bem e rapidamente retome suas atividades”, disse.

Bolsonaro é o segundo líder latino-americano infectado com o novo coronavírus. O presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, já teve a doença. Entre os líderes das grandes potências, o premiê britânico, Boris Johnson, já teve a Covid-19 e se recuperou, depois de ter sido internado por alguns dias em uma UTI.

Defesa contra críticas

O presidente também voltou a defender suas posições sobre a pandemia, como a flexibilização do isolamento e o uso da hidroxicloroquina, e disse que críticas ao país devem ser repassadas a governadores e prefeitos.

“A política para o coronavírus é privativa dos governadores e dos prefeitos. Se ela vai bem ou mal ela cabe a eles. Ao governo Bolsonaro coube repassar recursos”, disse. “E nós dispendemos R$ 1 trilhão. Nenhum país do mundo conseguiu evitar óbitos. O mundo foi unânime em dizer que a intenção do isolamento era que a contaminação acontecesse em um tempo mais largo.”

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