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Prefeitura do Rio de Janeiro suspende exposição blasfema contra santa católica

A exposição blasfema mostrava a santa católica com um seio à mostra e órgão sexual masculino

A Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro suspendeu no sábado, 29 de fevereiro, a exposição blasfema que mostrava a santa católica Virgem Maria com um seio à mostra e órgão sexual masculino, seguida da frase “Deus acima de tudo, gozando acima de todos”.

A obra “Todxs xs santxs – renomeado – #eunãosoudespesa”, do artista Órion Lalli, estava em exposição no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, espaço da Secretaria Municipal de Cultura do Município do Rio de Janeiro, e foi denunciada por deputados católicos devido ao seu conteúdo blasfemo e de desrespeito ao sentimento religioso.

A peça é composta por um oratório estilizado no qual se encontra a imagem da Virgem Maria com o seio à mostra e um órgão genital masculino.

No último dia 27 de fevereiro, o deputado estadual Márcio Gualberto e a deputada federal Chris Tonietto informaram que deram entrada em uma notícia-crime na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) e no Ministério Público, “contra o autor da obra blasfema, que vilipendia a fé cristã”.

De acordo com o site do jornal o Globo, a Secretaria Municipal de Cultura expressou por meio de nota que “manterá a suspensão da exposição enquanto a queixa estiver em tramitação e respeitará o processo legal, aguardando a decisão judicial”.

Além disso, a Secretaria “reafirma seu compromisso com o respeito constitucional à liberdade religiosa e a todas as crenças” e assinala que “nossos equipamentos abrigam manifestações culturais de todas as linguagens e estilos, sendo um dos nossos pilares o respeito à liberdade artística”.

Por sua vez, o deputado Márcio Gualberto recordou ao site que o secretário de Cultura do Rio de Janeiro, Adolpho Konder, “já havia se manifestado, por meio de um vídeo, dizendo que a prefeitura não compactuaria com o vilipêndio à fé cristã”, após tomar “conhecimento dos fatos por meio de uma divulgação” que o parlamentar fez pelas redes sociais.

“Quem deseja ser respeitado, deve dar o exemplo: é um princípio básico de uma sadia convivência entre os seres humanos. Não tenho raiva do autor. Desejo que ele seja tocado por Deus e perceba que cometeu um erro”, disse. Gualberto.

Após uma denúncia sobre a exposição feita pelo deputado estadual em 20 de fevereiro, a Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro esteve no local da exposição e pediu que a classificação da mesma fosse alterada de 10 para 16 anos.

Posteriormente, em 23 de fevereiro, o próprio secretário Adolpho Konder, apareceu em um vídeo publicado na página de Facebook da Secretaria, no qual informou que o artista Órion Lalli seria “oficiado”.

“Gostaria de salientar que a Secretaria Municipal de Cultura abriga as mais diversas manifestações culturais e artísticas, mas não podemos admitir nada que promova intolerância e ofensa ao sentimento religioso de qualquer credo”, afirmou Konder na ocasião.

(Com ACI Digital)

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