Em julho deste ano a Ben & Jerry’s fez um anúncio declarando que deixaria de vender sorvetes na Cisjordânia, território palestino onde estão importantes cidades bíblicas como Judeia, Samaria e Jerusalém Oriental.
A disputa de terras por palestinos e israelenses é que levou a empresa, do Grupo Unilever, a deixar de atender a região, dizendo que continuar a vender sorvetes em assentamentos isralenses é “inconsistente com seus valores” (Leia aqui).
Hoje, cerca de 700.000 israelenses vivem em comunidades na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Essas cidades, vilas e cidades judaicas estão localizadas em territórios que Israel capturou da Jordânia durante a Guerra dos Seis Dias de 1967. Israel reivindicou Jerusalém Oriental durante essa guerra e a considera parte de sua capital unificada, e a Cisjordânia como “território em disputa”.
O curioso é que a empresa foi fundada por dois judeus, Bennett Cohen e Jerry Greenfield, que mesmo sem ter controle mais sobre a empresa, dizem que concordam com a decisão.
“Ainda somos apoiadores de Israel, mas é possível apoiar Israel e se opor a algumas de suas políticas, assim como nos opomos às políticas do governo dos Estados Unidos”, disseram eles ao New York Times.
Estados conservadores dos EUA se opõem à decisão
O estado do Texas (EUA) resolveu limitar os negócios com a marca de sorvetes por conta dessa decisão. Tanto a Ben & Jerry’ como a Unilever foram adicionadas à “lista de empresas que boicotam Israel”.
No início deste mês, Arizona, Flórida e Nova Jersey anunciaram planos de se desfazer completamente dessas empresas, mostrando que estão descontentes com a decisão política de defender a causa palestina e ir contra Israel.