Enquanto trabalhavam em um abrigo para sem-teto na Grã-Bretanha, uma conversa entre dois colegas, que expressavam calmamente seus pontos de vista sobre o homossexualismo, levou um deles a acusar o outro de “homofobia”.
De acordo com o pastor de Oxford, George Hargreaves (62), a conversa levou sua colega a evitá-lo repetidamente no ambiente de trabalho. Como resultado, Hargreaves alegou que as atitudes da colega de 20 e poucos anos, Elizabeth Akano, criaram um ambiente de trabalho “hostil”, e ele registrou uma queixa formal no Tribunal Regional do Trabalho contra a colega que o acusou de “homofobia”.
+ “Este país não vai falir”, profetizam pastores durante oração com Bolsonaro
De acordo com o Telegraph, em janeiro de 2019, os dois colegas de trabalho estavam discutindo os ensinamentos bíblicos, quando Akano fez a declaração de que “as pessoas nascem gays”; ao que o pastor Hargreaves respondeu, “os pedófilos utilizam o mesmo argumento”. Hargreaves continuou dizendo que “mesmo quando as pessoas nascem com uma condição, isso não impede a capacidade de Deus de mudá-la ou curá-la”.
O Daily Mail relatou que Akano começou a ignorar Hargreaves após a discussão e disse que ele não a “respeitava”. Hargreaves apresentou a queixa, alegando que o comportamento repetido da colega criava um “ambiente humilhante”.
Durante o processo de queixas, Hargreaves defendeu suas observações afirmando que, ao dizer as palavras “homossexual” e “pedófilo” na mesma frase, ele não estava alegando ou sugerindo que homossexuais são pedófilos. Ele também não considerou o comentário como ofensivo ou rude.
“Faz sentido para mim dizer, em resposta à Liz e a qualquer um que diga que ‘as pessoas nascem gays’, que os pedófilos também diriam que nasceram dessa maneira. Esta é a minha resposta padrão para o argumento de que ‘pessoas nascem homossexuais’. Não é ilegal colocar as duas palavras na mesma frase”, explicou Hargreaves.
O tribunal de apelações concordou com Hargreaves. Segundo o Telegraph, o juiz Andrew James decidiu a favor do pastor, concluindo que ele foi assediado e discriminado com base em suas crenças religiosas, quando foi ignorado por Akano e questionado inadequadamente sobre o incidente pelo gerente da área.
O juiz concluiu que Akano também agiu com base em suas crenças religiosas, dizendo: “Ela ficou claramente chateada com o comentário do reclamante, que parecia criar um elo entre pedófilos e a comunidade gay”. No entanto, ele disse: “O reclamante está correto ao dizer que não é ilegal usar essas palavras juntas, no sentido de que não é uma ofensa criminal”. Ele continuou dizendo, no entanto, que algumas pessoas podem achar suas observações ofensivas.
O juiz também decidiu que Hargreaves havia sido discriminado racialmente quando Akano, que também é negra, disse a ele “você é um daqueles homens negros que gostam de mulheres brancas”. A esposa jamaicana de Hargreaves morreu em 2011 de um tumor no cérebro.
O tribunal disse que uma possível indenização será decidida posteriormente, em uma audiência de reparação.
(Com Conexão Política)