O deputado federal Eli Borges (PL-TO), o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, deputado estadual Amélio Cayres, e o vereador de Palmas Thiago Borges convocaram a população para um ato público nesta terça-feira (28), às 15h, na Assembleia Legislativa, em Palmas. O evento tem como objetivo debater e manifestar oposição ao Projeto de Lei 2234/2022, que propõe a legalização dos bingos, cassinos e do jogo do bicho no País.
Sob o lema “Brasil sem Azar”, os organizadores alertam para os riscos sociais, morais e econômicos da proposta. Eles afirmam que o projeto representa uma ameaça à integridade das famílias e ao bem-estar coletivo, principalmente das camadas mais vulneráveis da população.
Riscos sociais e morais
De acordo com os parlamentares, a legalização dos jogos de azar tende a estimular o vício, aumentar o endividamento familiar e abrir caminho para práticas criminosas como lavagem de dinheiro e exploração sexual. Também são mencionados impactos negativos à saúde mental, como depressão e suicídio, associados à compulsão por jogos.
Além dos danos materiais, o grupo destaca a erosão de valores fundamentais. Para eles, os jogos promovem a ilusão da riqueza fácil, desestimulando o esforço, o trabalho e a responsabilidade.

“Estamos falando de um projeto que mascara a promessa de desenvolvimento com um sistema que destrói vidas em silêncio. O jogo atinge diretamente a base da sociedade: a família. Não podemos transformar o vício em política pública”, declarou o deputado Eli Borges.
Apoio de lideranças religiosas
A mobilização conta com o apoio de diversas lideranças religiosas e entidades da sociedade civil, como a Ordem dos Ministros Evangélicos de Palmas (OMEP), que já havia publicado nota de repúdio ao projeto. A entidade destaca os prejuízos espirituais e morais da medida, além dos riscos à juventude.
Tramitação e controvérsias
O Projeto de Lei 2234/2022 segue em tramitação no Congresso Nacional e tem gerado intensos debates. Seus defensores argumentam que a regulamentação dos jogos pode aumentar a arrecadação de impostos e fomentar o turismo. Os críticos, por outro lado, sustentam que os custos sociais superam qualquer benefício econômico.
O ato desta terça-feira é apresentado pelos organizadores como uma oportunidade para que a sociedade se manifeste e pressione os parlamentares a rejeitarem a proposta.
“Traga a sua indignação! A luta é de todos nós”, conclui o chamado oficial do movimento.