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Palmas teve até 3 mil casos suspeitos de Covid-19 não-testados, admite Prefeitura

Mesmo quem teve contato com casos confirmados da doença diz não ter conseguido acesso aos exames. Prefeitura diz que novos kits devem aumentar o índice de testagem.

A Prefeitura de Palmas admitiu neste sábado (6) que deixou de testar cerca de três mil moradores da capital que apresentaram sintomas do novo coronavírus no começo da pandemia. A diretora de vigilância em saúde de Palmas Marta Malheiros, disse que no primeiro momento não havia testes suficientes para todos e que o Ministério da Saúde não recomendava a testagem em massa.

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“Quanto começou o inicio dos casos a gente não tinha testes para todo mundo. A indicação dos testes era apenas para idosos, com comorbidades. Então a gente tem em torno de duas a três mil pessoas que não foram testadas no início e não faz sentido agora eu testar depois de um mês dos sintomas. Vai ser só um dado estatístico e não é para isso que a gente faz os testes”, informou ela.

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Mesmo quem teve contato com casos confirmados do novo coronavírus relata ter tido dificuldades para conseguir acesso a testes. O jornalista Fábio Coelho procurou a rede municipal de saúde após o companheiro ser diagnosticado com a doença, mas não conseguiu fazer o exame.

“A partir do momento em que ele testou positivo ai eu questionei: eu como companheiro, convivendo diretamente com ele, eu não tenho que fazer teste? A resposta foi: você só vai fazer o teste se você apresentar algum tipo de sintoma”, conta ele.

A Prefeitura de Palmas informou que de 15 de abril até 4 de junho o laboratório municipal realizou 1.055 testes rápidos com 230 confirmações. Para tentar aumentar o nível de testagem, foram comprados 10 mil reagentes em testes que começaram na semana passada.

Também foi autorizado o credenciamento de sete laboratórios particulares que vão reforçar a testagem na cidade. Três unidades de saúde do município também foram capacitadas como unidades sentinela. Para Malheiros, isso deve ajudar a reduzir a subnotificação.

Para o infectologista Flávio Milagres, o mais indicado é que seja feita a testagem em massa. “Todas as pessoas sendo submetidas a testagens. Dependendo da fase pode ser feita através da procura do vírus, a gente chama isso de biologia molecular e, após em média sete dias, os textos sorológicos, para ver se a pessoa já teve o contato e criou o anticorpo”.

Atualmente, segundo o boletim epidemiológico municipal, Palmas tem 756 casos confirmados de coronavírus e oito pessoas morreram pela doença na cidade.

(Com G1)

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