A Capital tocantinense conquista corações já no primeiro encontro. Em meio ao Cerrado avista-se as construções cravadas entre as águas calmas do “Lago de Palmas” e o verde exuberante e contornos das serras do Lajeado e do Carmo. Conhecida por sua qualidade de vida, avenidas largas e um traçado que lembra Brasília, o município integra a Região Turística Serras e Lago, e há muito tempo deixou de ser apenas uma porta de entrada para o Estado.
A área que até 1988 fazia parte do Estado de Goiás e se dividia entre três fazendas. Em apenas um ano daria vida a uma cidade bela, organizada e com ínúremos potenciais, que hoje conta com uma população estimada em 292 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE.).
Foi tudo planejado. Seu traçado em forma de uma cruz é unido por duas largas avenidas, Theotônio Segurado e Juscelino Kubitscheck (JK). A primeira liga a cidade de Norte a Sul e presta homenagem ao primeiro governante a defender a autonomia do antigo norte goiano, há dois séculos. A segunda lembra o criador de Brasília, tendo a Praça dos Girassois ao centro e reunindo os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Palmas também é a cidade tocantinense com maior oferta de hotéis e restaurantes de qualidade, dois shoppings, centro de convenções, e se há alguns anos servia somente como acesso ao Jalapão e outras regiões turísticas famosas, hoje se firma como destino turístico de negócios, lazer, esporte e ecoturismo.
Graças a suas características, Palmas está entre as dez capitais escolhidas pelo Ministério do Turismo para integrar o projeto-piloto Destinos Turísticos Inteligentes (DTI),uma iniciativa inédita no Brasil, que busca preparar os municípios para ofertar experiências inovadoras aos visitantes e promover melhorias da gestão e dos níveis de competitividade turística.
Calor humano
A população palmense é formada por gente de todos os cantos do País, o que resulta em uma verdadeira colcha de retalhos culturais. Para o visitante, a percepção imediata é de um povo acolhedor, sempre disposto a mostrar Palmas como uma cidade receptiva.
Esse traço cosmopolita pode ser apreciado na gastronomia local, influenciada por pratos e sabores característicos de estados vizinhos, como Goiás, Maranhão, Pará e Bahia. Os restaurantes seguem o padrão da diversidade, com comida típica mineira, goiana, gaúcha, nosdestina, japonesa, chinesa… Nas praias, de água doce, o que impera é o peixe, em especial o tucunaré e a caranha; a cerveja gelada está sempre presente, para aplacar o famoso calourão local, com vários estabelecimentos ofertanto opções artesanais e importadas.
Atrativos
Fora do período pandêmico, quem visita a cidade precisa fazer uma parada obrigatória na Praça dos Girassois para conhecer o Memorial Coluna Prestes, uma obra do ilustre arquiteto Oscar Niemeyer. O local homenageia a Coluna Prestes e a sua passagem pela região que é Tocantins entre os anos de 1920 e 1930. A obra em concreto é marcada pelas curvas sinuosas, características de Niemeyer. A escultura em bronze do ‘Cavaleiro da Luz’, representando Luiz Carlos Prestes, foi criada pelo artista plástico Maurício Bentes. Ao seu lado, o Monumento 18 do Forte homenageia revolta militar ocorrida no Rio de Janeiro, em 1922.
Localizado em uma das entradas da cidade, o Museu Histórico do Tocantins, mais conhecido como Palacinho, foi o primeiro edifício construído em Palmas e primeira sede do Poder Executivo do Tocantins. Hoje, preserva salas originais, como o gabinete do governador, e reúne uma importante coleção de objetos artísticos e arqueológicos, étnicos, tradicionais e naturais.
Duas importantes áreas verdes, os parques Cesamar, na região sul da cidade, e dos Povos Indígenas, na região norte, são pontos de encontro dos moradores locais, que utilizam suas pistas de cooper e skate e quadras de esporte, bem como áreas de alimentação, para passeios em família e práticas esportivas que também podem, e devem, ser aproveitadas pelos visitantes.
Praia e serra
Diferente de outras cidades do Estado, que aguardam o período da seca, entre maio e setembro, para ver surgirem suas praias naturais, Palmas conta com cinco praias pernamentes, graças ao lago formado pela UHE Luís Eduardo Magalhães. A Graciosa é a principal, com 520 metros de orla que comportam bares e restaurantes ideiais para aproveitar o entardecer, quadras de esporte, banheiros, playground, marina com atracadouro, píer e vista para a Ponte da Amizade. A partir dela, pode-se chegar a Ilha do Canela, propriedade particular a 3 km da margem direita da Capital. Não menos belas e organizadas, as outras praias são o Caju, Prata, Arnos e Buritis. Todas com barracas de alimentação e fácil acesso.
Já os amantes do turismo ecológico encontram em Taquaruçu o destino ideal. Distante 32 km do centro, o distrito que já existia antes de Palmas oferece a calma das pequenas cidades de interior, com restaurantes e pousadas acolhedoras.
Taquaruçu (nome indígena que significa Taboca Grande) possui 82 cachoeiras catalogadas, sendo a do Rocador uma das mais belas e visitadas. Apesar das restrições de visitação impostas pelo Decreto Municipal Nº 1.896, de 15 de maio de 2020, as hospedagens locais estão funcionando, obedecendo protocolos de segurança.
A Capital também possui grande potencial para a prática de atividades aquáticas e para pesca esportiva, além de se conectar o município a outras localidades e atrativos especiais e bem próximos, como Lajeado e Porto Nacional.
“Prestamos nossas homenagens a Palmas, que festeja seus 32 anos nesta quinta-feira como uma cidade acolhedora, organizada e preparada para receber visitantes”, diz o presidente da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc), Jairo Mariano, enfatizando a importância estratégica da Capital para todos os segmentos sociais, culturais, políticos e econômicos do Estado.
“Orientados pelo governador Mauro Carlesse estamos trabalhando para conquistar parcerias institucionais e desenvolver políticas públicas em prol de todos os municípios e Palmas não poderia deixar de ocupar posição destacada”, completa o gestor.