Da redação
O período chuvoso no Tocantins começou no mês de outubro de 2018, e, em abril desse ano, iniciou a transição para o período de estiagem. Em 2019, o total acumulado de chuvas teve maior volume no mês de março, com chuvas irregulares e mal distribuídas nas regiões do Tocantins, de acordo com dados do Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos (Nemet/RH) da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins).
Em razão da má distribuição das chuvas, os índices pluviométricos, que se referem à quantidade de chuva em determinado local e período, foram irregulares concluindo que em algumas regiões do Tocantins os índices superaram a média anual e em outras houve déficit. Como na região sudeste, por ser uma localidade com maior relevo, no município de Taguatinga o índice esperado de chuva só foi alcançado nos meses de março e abril de 2019.
O que preocupa o meteorologista da Nemet/RH, José Luiz Cabral, é que estamos no quinto ano consecutivo em que a bacia hidrográfica do Tocantins-Araguaia termina com déficit. Os índices pluviométricos do Tocantins mostram que de outubro a fevereiro deste ano não choveu a média esperada. “O que foi observado ao longo do período chuvoso foram eventos de chuva espaçados e de grande intensidade, o que deu a sensação de ter sido um período com muitas chuvas”, informou.
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) é responsável pela parte hidrológica dos rios e o Núcleo Estadual da Unitins tem uma rede de oito estações em superfície, que realizam o monitoramento diário das variáveis meteorológicas e previsão do tempo. “Os dados anuais não são homogêneos, os valores acumulados tanto do volume de chuvas e de temperatura são de acordo com a dinâmica da atmosfera, desse modo cada ano é diferente”, informou José Luiz Cabral.
O Tocantins possui clima predominantemente tropical, caracterizado por uma estação chuvosa de outubro a abril, e a outra seca, que compreende os meses de maio a setembro.