O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou hoje que o novo programa social do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) está estruturado e pronto para ser analisado pelos parlamentares. O texto precisa passar pelo crivo dos líderes partidários no Congresso, com destaque para o centrão, antes de ser apresentado oficialmente e tramitar no Legislativo. Senão, a articulação em torno do tema pode ficar prejudicada e travar a iniciativa.
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Barros se reuniu hoje com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política do Planalto com o Parlamento, o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), e o relator do Orçamento de 2021 e da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do pacto federativo, senador Márcio Bittar (MDB-AC). O grupo tratou da formatação do programa social que deverá substituir o Bolsa Família e servir como uma espécie de continuação do auxílio emergencial. Bolsonaro quer imprimir uma ação social com a marca de sua gestão, especialmente após ter a popularidade alavancada com a distribuição do auxílio em meio à pandemia, visando a reeleição em 2022, segundo governistas.
“Foi ótimo. Resolvemos os problemas todos”, afirmou Barros. “Tratamos da estruturação do texto, das fontes, do teto, das coisas que são relevantes. São os paradigmas que estabelecemos, está tudo dentro do combinado. O senador [Bittar] vai apresentar aos líderes [partidários] o relatório dele, as premissas, amanhã. Aí os textos serão entregues depois da reunião. Ele vai ver se tem alguma modificação sugerida pelos líderes e vai entregar o texto”, acrescentou.
Em vídeo, Bolsonaro disse ter proibido qualquer discussão sobre o novo programa social após má repercussão de estudos de medidas impopulares para bancá-lo. Bittar já declarou ter recebido sinal verde de Bolsonaro para a criação do programa. Parlamentares e técnicos do governo afirmam que ele deve ser criado no âmbito da PEC do pacto federativo. Segundo Barros, a reforma tributária também foi discutida na reunião e seguirá o mesmo caminho de articulação do texto do novo programa social. Haverá debate interno com o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e líderes para, então, anunciar o que for decidido.
FONTE: Uol