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Mudanças no perfil do eleitorado podem afetar resultado das eleições, diz cientista político

Da Redação JM Notícia

Cabine de votação (Foto: Divulgação)

O perfil do eleitorado brasileiro mudou desde 2002 e esse fato pode mudar o resultado das eleições. Ao longo desses 16 anos, os eleitores têm maior escolaridade, estão mais velhos e moram em cidades grandes, com mais de 100 mil habitantes.

Para o cientista político David Fleischer, professor emérito da Universidade de Brasília, o nível de escolaridade maior, tanto universitário quanto no ensino médio, pode influenciar o número de votantes.

“A maior porcentagem do eleitorado diz que não vai votar, por considerar todo mundo corrupto. Então pode ser que esse nível de escolaridade tem alguma coisa a ver com essa onda de opinião”, disse. “Supostamente, os que têm mais escolaridade vão ter mais cuidado em examinar os candidatos e decidir qual candidato que vai votar”, acrescentou o professor.

A idade dos eleitores também mudou, e há mais pessoas acima de 60 anos – são 18,5 % – contra 15,6% dos eleitores que têm entre 16 e 24 anos. Isso pode mudar o perfil ideológico dos eleitores, na opinião de David Fleischer.

“Nossa demografia mostra que a expectativa de vida agora está em torno de 75 anos, em 2002 deve ter sido talvez 67 ou 68 anos, então essa faixa acima de 60 anos, as pesquisas de opinião mostram que é mais conservadora.”

O aumento do eleitorado feminino, que passou de 51% para 52,5%, é outro fator que pode influenciar as eleições, segundo o cientista político.

Ficha limpa
David Fleischer também acredita que, além das mudanças no perfil do eleitorado, as recentes investigações sobre corrupção também podem alterar os resultados das eleições neste ano.

“Neste ano nós temos todo o impacto da Lava Jato e todas as outras investigações, e a imprensa tem divulgado bastante quem é acusado no Supremo para a reeleição, tanto deputados como senadores. Então, talvez o eleitor vai ser um pouco mais atento em quais são os candidatos à reeleição que são ficha limpa e ficha suja”, destacou o cientista. Com informações Agência de Notícias da Câmara.

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