Da Redação JM Notícia
O ministro do Trabalho, Helton Yomura, foi afastado de suas funções pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), por conta da operação Registro Espúrio, da Polícia Federal, que teve sua terceira fase deflagrada nesta quinta-feira (5).
A PF apura um suposto esquema de organização criminosa que atua na concessão fraudulenta de registros sindicais no Ministério do Trabalho. As primeiras fases da operação foram iniciadas em maio e junho.
Segundo a PF, “importantes cargos da estrutura do Ministério do Trabalho foram preenchidos com indivíduos comprometidos com os interesses do grupo criminoso, permitindo a manutenção das ações ilícitas praticadas na pasta”.
Defesa do ministro diz que pasta adotou todas as providências necessárias
Através de uma nota, a defesa do ministro do Trabalho declarou que ele “adotou rigorosas providências institucionais para a garantia do interesse público, podendo se destacar a exoneração imediata de todos os servidores sob investigação, abertura de sindicância e processos administrativos para averiguação dos fatos e suspensão de todos os atos que pudessem provocar repercussões no âmbito da investigação“.
Sobre o afastamento aceito pelo STF, a defesa declara que irá recorrer da decisão por acreditar na inocência de Yomura.
Deputado também é investigado
Além do ministro Yomura, o deputado federal Nelson Marquezelli, vice-líder do PTB, também é investigado. Em sua defesa, o parlamentar declarou que não tem do que ter medo.
“Sou vice-líder do PTB. O PTB hoje administra o ministério do Trabalho. Houve denúncias, várias denúncias. E policial me informa que todos os deputados do PTB serão investigados, seus gabinetes, para ver se tem alguma ligação com concessão de registros sindicais”.
O STF expediu três mandados de prisão temporária (com duração de até cinco dias) e outros dez de busca e apreensão, que são cumpridos em Brasília e no Rio de Janeiro.