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Militantes do PT querem impedir que Lula se entregue; defesa orienta seguir a ordem de Moro

Da Redação JM Notícia 

Lula e a senadora Gleisi Hoffmann no lançamento da cpré-andidatura do ex-presidente (Foto: Nelson Almeida/AFP)

O pedido assinado pelo juiz Sérgio Moro nesta quinta-feira (5) dando ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o prazo de se entregar à polícia até as 17h de hoje tem divido a opinião entre os militantes do PT e os advogados.

Condenado por corrupção a 12 anos e um mês de prisão, Lula está sendo transformado em mártir pelos seus correligionários, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), por exemplo, chegou a compará-lo com Martin Luter King e Nelson Mandela em uma postagem do Facebook.

Já os senadores Lindbergh Farias e Gleisi Hoffman, se uniram aos militantes e grupo de esquerda como MST e MTST para bloquearem a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e assim impedirem que Lula seja levado por seus advogados até Curitiba.

“Essa prisão é ilegal. Mais um gesto de perseguição do juiz Sergio Moro. Então para quê se entregar numa situação dessas? Se eles querem prender, que executem a prisão. Que venham para cá. Se eles fizerem isso [prender Lula], será uma imagem que rodará o mundo”, disse Lindbergh.

Os defensores do ex-presidente, liderados por Cristiano Zanin Martins e José Roberto Batochio, recomendam que ele cumpra a ordem de Moro, segundo informações da BBC Brasil. Caso Lula não se entregue, isso será visto como desobediência ou até mesmo como intenção de fuga.

É exatamente isso que os militantes desejam, forçar que a PF vá até Lula executar a ordem é assim conseguirem imagens da ação policial para reafirmarem a tese de perseguição política da parte de Moro que recebeu a ordem de prisão do Tribunal Regional Federal da 4° Região, em Porto Alegre.

Mas os advogados entendem que, ao descumprir a ordem, Lula teria as chances de sucesso em possíveis apelações reduzidas drasticamente, como recursos futuros e pedidos de habeas corpus ou requerimentos de progressão de pena e prisão domiciliar. Além disso, os advogados querem solicitar apoio nas Organizações das Nações Unidas, e como fugitivo da justiça esse plano estaria fracassado.

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