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Medicina aposta em implante de chip no combate ao coronavírus

Empresa sueca coloca chips nas mãos dos funcionários para substituir cartões

Chip implantando sob a pele na mão de um usuário. Foto: Reprodução

A pandemia do coronavírus tem levado pessoas do mundo inteiro a adotar novos costumes que alteram ações simples do cotidiano, como abrir portas, desbloquear smartphones, chamar elevadores, entre outras. Porém, o diretor de inteligência cibernética da NewSpace, Thiago Bordini, afirmou que “isso deixaria de ser um problema”, apontando que a solução estaria no implante de chips nas mãos. As informações são de O Globo.

Ele próprio já tem dois chips instalados, um em cada mão, e explicou que os minúsculos dispositivos podem ajudar abrir portas e desbloquear códigos apenas aproximando as mãos de um sensor.

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Os dois chips nas mãos de Bordini já têm capacidade para armazenar algumas informações, inclusive médicas. Porém, pesquisas feitas sobre o assunto já indicam que os implantes no corpo poderão ser muito mais comuns no futuro.

Em 2018, por exemplo, o departamento de vigilância sanitária dos Estados Unidos aprovou o uso de um equipamento de monitoramento de índices de glicose. Com isso, o implante de um sensor no corpo de pessoas que sofrem de diabetes poderia ser utilizado por até 90 dias e tornaria possível obter informações sobre o índice de açúcar no sangue 24 horas por dia.

Bordini contou que o implante dos chips em suas mãos foi feito em 2017 e 2018 por motivos profissionais. colocou os chips por interesses profissionais: o primeiro para servir como um identificador e o segundo, para fazer leitura em smartphones mas também armazenar dados dentro dele. O dispositivo é envolto em vidro, o que impede oxidação e inflamação, além de armazenar 4 Kb de informações.

O potencial do biochip chamou a atenção de Bordini, que procurou especialistas para trabalhar em pesquisa para a utilização dos biochips para objetivos de saúde.

“Nesse meio período acabei conversando com uma pesquisadora do que chamamos de biohacking, que também trabalha dentro de um hospital. A nossa ideia agora é pensar numa forma de armazenar os dados de prontuário médico, utilizar como pulseiras para quem é diabético. É possível armazenar essas informações para dentro do biochip”, explicou.

Apesar das expectativas, o pesquisador deixou claro que a utilização dos chips para diagnósticos de doenças como o coronavírus ainda está restrita ao futuro. Para ele, o avanço nessa direção é “questão de tempo”.

“Quando falamos de informações médicas, até pela capacidade do chip, não é armazenar toda sua vida médica, mas um resumo dos itens mais essenciais da sua vida: contatos de emergência, alergias, tipo sanguíneo, uso de medicamentos controlados. Se você perguntar para boa parte da população, ela não sabe qual é o tipo sanguíneo. Se alguém sofre um acidente e desmaia, você não sabe nada. São todas informações úteis”, afirmou.

Uma pesquisa da Universidade do Texas também afirmou que no futuro, os biochips podem ser usados em pacientes doentes para um dispositivo de monitoramento de diagnóstico ler as informações necessárias.

Fim dos tempos?

É inevitável que a notícia traga à tona um antigo debate entre cristãos que têm expressado preocupações sobre implantes de microchip, porque ligam este fato a um ‘prelúdio’ para “a marca da Besta”, como descrito no livro de Apocalipse.

Entre os que justificam essa interpretação que relaciona o chip à marca da besta, geralmente é citada a passagem bíblica de Apocalipse 13:16-17 (NVI): “Também forçou todas as pessoas, grandes e pequenas, ricas e pobres, livres e escravas, a receberem uma marca na mão direita ou na fronte, Para que eles não pudessem comprar ou vender, a menos que tivessem a marca, qual é o nome da besta ou o número do seu nome”.

Apesar das inúmeras e fortes especulações sobre o implante do chip ser o caminho para a “marca da besta”, descrita no livro de Apocalipse, o teólogo e mestre em filosofia Jonas Madureira, lembrou que a Bíblia não dá base para assegurar esta teoria, especificamente.

“Acontece que o Apocalipse é um livro confuso até mesmo para os maiores estudiosos dos textos sagrados, cheio de enigmas e metáforas”, explicou.

O teólogo também lembrou que tais interpretações divergentes se dão pelas diferentes correntes de estudiosos e pela livre interpretação da Bíblia.

“Enquanto um grupo, mais moderno, defende que muito na Bíblia está em forma de metáfora, de simbolismo, outra corrente mais tradicional afirma que tudo deve ser interpretado ao pé da letra”, explicou.

Madureira ainda ressaltou que, mais importante que um chip ou qualquer outro dispositivo, os cristãos precisam se lembrar que a “marca” que distingue os verdadeiros discípulos de Cristo daqueles submissos ao anticristo está no coração.

“No tocante a qualquer uma das interpretações, vale salientar que nada está totalmente comprovado e que qualquer informação não passa de especulação, embora estudos bastante sérios estejam em andamento. Desde os tempos bíblicos, a marca que distingue o verdadeiro cristão está tanto em suas atitudes quanto em seu coração”, acrescentou.

Jonas também destacou que mais importante que se alarmar com chips é buscar a Deus.

“Quem busca verdadeiramente a Deus tem seu futuro garantido, nestes tempos ou mesmo no fim deles. De qualquer modo, uma dica final de João no próprio Apocalipse resume tudo o que foi dito no livro final da Bíblia: Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida (22.17)”, finalizou.

(Com Guiame e O Globo)

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