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Malafaia denuncia perseguição religiosa contra a Marcha para Jesus no Rio de Janeiro

Da redação JM

Paes, na época prefeito, ao lado do pastor Silas Malafaia, em evento de 2016 — Foto: Alexandre Durão/ G1

O pastor Silas Malafaia e o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, viraram réus em ação de improbidade administrativa. Segundo a denúncia do MP-RJ, a prefeitura aplicou, sem licitação, R$ 1,6 milhão no evento religioso Marcha Para Jesus, em 2012.

A decisão, de 10 de janeiro e divulgada nesta quinta-feira (24), é da juíza Mirela Erbisti, da 3ª Vara de Fazenda Pública do Rio, que recebeu a acusação feita pelo Ministério Público.

O pastor Silas reagiu após a aceitação da denúncia pela juíza Mirela.

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O pastor declarou se tratar de uma “perseguição religiosa”, que a verba só foi liberada depois que a programação do evento foi apresentada, que a Marcha Para Jesus foi realizada para promover a paz e que todos os documentos e notas do evento foram apresentados.

Malafaia prometeu ainda soltar um vídeo nesta sexta-feira, 25, provando que a magistrada age com perseguição religiosa e mostrando que ela “não é digna de vestir uma toga”.

Entenda

Na decisão, a magistrada aponta que “há indícios suficientes da participação de cada um dos demandados na prática do ato ímprobo”. Paes, segundo ela, “deveria zelar pelo bom uso do dinheiro público”, assim como o ex-secretário da Casa Civil.

Malafaia, diz a juíza na decisão, “teria se locupletado com o evento, eis que era presidente e representante legal da Comerj, esta a beneficiária direta do ato ímprobo”. “Promovendo seu nome pessoal e a associação, concorreu ainda para o gasto aparentemente irregular do município”.

A Marcha Para Jesus é um evento internacional que mistura fiéis de diversas religiões evengélicas, em festa comandada por trios elétricos que reúne centena de milhares de pessoas.

O ex-prefeito Eduardo Paes declarou que se trata apenas do recebimento de uma ação e que, no “curso do processo, ficará claro que a Prefeitura do Rio sempre apoiou eventos pra estumular o turismo religioso na cidade” – nesse caso, um evento evangélico – “sem qualquer discriminação de credo ou fé”.

Paes disse estar certo de que a justiça será feita e que a ação será julgada improcedente. Ele ainda destacou que a ação não aponta nenhum ato de corrupção.

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