Redação JM Notícia
Nesta quarta-feira (14), a cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, respondeu uma série de perguntas sobre a vacinação da covid-19 e não deu esperanças para antes de 2022.
Segundo ela, não há capacidade suficiente para imunizar bilhões de pessoas nos próximos meses, por isso, os mais jovens, por exemplo, terão que esperar até 2022.
“As pessoas tendem a pensar ‘no dia 1º de janeiro, a gente vai tomar a vacina e aí vai voltar ao normal’. Não vai funcionar assim porque nunca ninguém produziu vacinas neste volume”, disse ela.
Saiba + Tocantins tem 381 novos casos de Covid-19, 85 confirmados nas últimas 24h
Assim como o Ministério da Saúde já adiantou, a recomendação da OMS será vacinar grupos vulneráveis que são idosos, crianças e pessoas com doenças pré-existentes.
As demais pessoas, entre eles os mais jovens, terá que esperar pela produção em massa da vacina.
Saiba + Governo cria grupo para coordenar vacinação contra covid-19
Acredita-se que com a imunização dos mais vulneráveis, a taxa de mortalidade da doença e a transmissão do vírus caiam, mas mesmo assim as medidas de proteção deverão continuar para as demais pessoas como o uso de máscara e o uso do álcool em gel.
“Não teremos doses suficientes para vacinar os mais vulneráveis em todos os países e isso é muito crítico. As pessoas precisam entender isso individualmente e dizer: ‘eu sou uma pessoa jovem, eu não tenho nenhuma condição pré-existente, então posso esperar meus avós tomarem a vacina”, afirmou a diretora técnica da OMS, Maria van Kerkhove.
A imunidade de rebanho, isso é, quando a transmissão da doença poderá ser interrompida, só será possível se 5 bilhões de pessoas estiveram vacinadas, ou seja, 70% da população mundial.