Durante um jantar com petistas e correligionários na última semana, Lula classificou os procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal de “moleques que falam bobagem” e criticou sua atuação em tom de sarcasmo.
“É você ter em Curitiba (base da Lava Jato) um agrupamento especial de pessoas ungidas por Deus para salvar o mundo”, disse Lula se referindo aos procuradores da República e aos delegados da Polícia Federal.
Lula também atribuiu a grave crise econômica do País a seus oponentes. “Eles têm noção de quanto a Operação Lava Jato já causou de prejuízo na economia desse País? Ao PIB desse País? Eles têm noção de quanto desemprego [a Lava Jato] já causou?”, questionou.
“Um Congresso desmoralizado, Suprema Corte com problemas, o Superior Tribunal de Justiça com problemas… O Ministério Público então virou, sabe, um bando de ungidos que vão salvar a humanidade”, acrescentou o petista. “O que aqueles moleques falam de bobagem é muito grande”.
O político também se dirigiu a Deltan Dallagnoll, um dos procuradores da força-tarefa que o acusou de ser o “comandante máximo da organização criminosa” do esquema de propinas na Petrobrás.
“Ora, o cidadão tem a petulância de dizer: o Lula é chefe de uma organização criminosa, que é o PT. Eu já abri processo contra o delegado [Filipe Pace, da Polícia Federal], já abri contra o [Sérgio] Moro (juiz da Lava Jato), tô abrindo agora contra o Dallagnol e vou abrir contra todos”, disse Lula, seguido por aplausos de sua platéia.
“Preciso brigar com eles porque alguém tem que reagir. Alguém tem que reagir”, afirmou. “Com muita humildade, se tem alguém que pode resistir à essa euforia da insanidade judicial sou eu. Estou disposto a fazer o que for necessário”.
Ao final de seu discurso, Lula deu um recado a seus rivais. “E se isto é para me prejudicar, para eu não ser candidato em 2018, você se prepare que eu posso ser candidato em 2018”.
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