O ex-presidente Lula defendeu nesta quarta-feira (15) que o PT retome um diálogo com os evangélicos nas próximas eleições. Apesar de um pequeno núcleo do segmento já ter feito parte da base de sustentação de governos petistas no passado, hoje, grande parte do segmento é um dos mais fiéis ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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“Eu acho que tem um espaço pra discutir religião nesse país muito grande. Eu quero entrar nessa. Eu tenho até um jeitão de ser pastor, tenho um jeitão, tô de cabelo branco… Eu posso ser pastor ou pode ser padre, é só a igreja acabar com o celibato que eu topo”, brincou.
Em entrevista à TV do Trabalhador, vinculada ao PT, Lula afirmou que nenhum governo tratou os evangélicos tão bem quanto o dele. “Eu quero que você vá perguntar pro seu Edir Macedo, pro seu Crivella quem é que tratou eles melhor, quem é que tratou eles com mais respeito e mais decência”, afirmou.
“Eu vou conversar com essa gente outra vez, o PT precisa conversar. O PT tem muita gente evangélica. O que não dá é pra você ficar quieto, o que não é uma pessoa contar uma mentira a teu respeito e você fingir que não viu. Tem que ir pra cima, com respeito, mas tem que ir pra cima”, afirmou.
Apesar de defender um diálogo com o segmento, Lula defendeu que o estado tem que ser laico e que ele vê muita agressividade em pastores atualmente.
“Eu vejo a agressividade que os pastores falam em alguns programas de televisão, é uma coisa muito agressiva, é quase que uma coisa violenta. Você pede dinheiro pra pessoa de uma forma agressiva, você promete um milagre pra pessoa de forma agressiva, ai se não acontece um milagre, ainda assim, é você que é culpado, porque você não tem fé. Que história que é essa?”, disse.
(Com Congresso em Foco)