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Luciano Camargo, da dupla “Zezé de Camargo e Luciano”, prepara primeiro disco solo gospel em homenagem à mãe

Luciano, que soma 29 anos de carreira ao lado de Zezé Di Camargo, já avisa que isso não significa uma separação do irmão

O primeiro trabalho solo de Luciano Camargo finalmente nasceu: batizado como A Ti Entrego, o álbum tem 15 faixas dedicadas à música gospel. No entanto, o artista, que soma 29 anos de carreira ao lado de Zezé Di Camargo, já avisa que isso não significa uma separação do irmão, mas sim, um projeto pessoal pelo qual vem se empenhando há bastante tempo.

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O álbum será traduzido em EPs, com músicas que vão ganhar as plataformas em divisões semanais. Em conversa com esta coluna, Luciano revelou que título A Ti Entrego nasceu de uma conversa com Bruno Vaz, responsável pelo marketing digital do projeto ao lado de João Mendes Miranda e toda equipe da Inova. “Estávamos conversando sobre como eu sempre pensei em gravar louvores. A Ti Entrego significa Entregar, devolver para Deus o que Ele colocou de melhor para mim. A Ti Entrego tudo de bom que estou vivendo na melhor fase da minha vida”, comemora Luciano.

Para ele, será uma satisfação enorme levar às pessoas, ainda mais neste momento tão sensível pela qual passa a humanidade, uma manifestação de fé, esperança e gratidão. Mas sua meta passa longe de qualquer projeção comercial. “Sucesso eu já tenho. Estou no melhor momento da minha carreira. O momento que estou cantando louvores para as pessoas (porque no ambiente familiar já o fazia) é bem agora em que me sinto tocando uma vida plena, com equilíbrio e amor. É quando você se sente assim que entende melhor o mundo. Há 20 anos, eu tive vontade de gravar um trabalho assim, mas lá atrás, não teria essa leveza e verdade de agora”, disse.

Segundo Bruno Vaz, a paleta de cores para a identidade visual do projeto nasceu de uma conversa com a Flávia. “Ela deu o tom, falou que ama o pôr do sol de Orlando (EUA, onde o casal tem uma casa). Passei para a equipe de design a inspiração que surgiu do diálogo com a Flávia. A paleta alaranjada e suas nuances formam a arte do projeto, que tem o toque de Deus e a voz do amor. Inspiramos em dois versos bíblicos (Atos 20:24 e Filipenses 3:8) para dar o título e compor o projeto. É o agradecer de Luciano a tudo o que Deus tem feito por ele. A forma como o casal conduz a vida deles, a verdade que os dois carregam, faz toda a diferença em levar o evangelho. Eles são um presente de Deus em minha vida’, completa Bruno, que chamou o conceituado Pedro Merino para assinar o design do projeto.

Para João Mendes Miranda, ao integrar a equipe do projeto e conhecer o casal, ele entendeu o motivo de não visar só o lado comercial. “Pensei também no quanto as pessoas seriam transformadas por eles e por isso estamos aqui. Acho que o intuito é esse. É um projeto que veio muito mais do que seria bom para a empresa e do que a gente lucraria com isto, mas, sim, do quão importante era para a vida do Luciano e para as pessoas que amam o trabalho dele junto com o irmão, viver isso junto. A gente pegou o projeto como uma missão de vida e um propósito. Hoje, a gente faz parte dessa bandeira pelo propósito que tem atrás do sonho do Luciano. ‘A ti entrego’ passa a ser um dos projetos mais importantes da vida de todo mundo e pelo impacto que vai ter na vida do outro é que a gente acredita”, confessa o empresário.

O formato

Das 15 faixas, há regravações e inéditas. Te Necessito (de Jon Carlo) mereceu gravação bilíngue, em português e espanhol. Luciano recebeu várias sugestões de músicas e escutou todas ao lado de Fau, nas caminhadas diárias feitas pelo casal. Fizeram, então, uma seleção prévia apresentada ao produtor do álbum, Vinicius Leão, que balizou as escolhas finais ao lado do arranjador de todas as canções, Anderson Toledo, com anuência de Luciano e Flávia.

Mas nem só eles interferiram nas eleitas. “A gente estava no quarto quando recebi a música Tempo. Minhas filhas Helena e Isabella amaram”, conta o músico. A elaboração do trabalho todo começou de fato em março, pouco antes da imposição ao isolamento social feita pela crise sanitária trazida pelo novo coronavírus. O projeto, no seu escopo completo, já soma mais de três anos e vem sendo acalentado há mais tempo.

“Há três anos, eu estava na igreja, senti, ouvindo louvores, que eu precisa gravar um projeto como missão. Liguei para o Vinicius, meu amigo e produtor. Lembrei de quando a minha mãe (Helena) fez esse pedido para mim. Foi em 2000, quando a Fau (Flávia) foi comigo para a fazenda que eu tinha em Goiás. A gente estava namorando, quase noivos. Minha irmã Marlene começou a cantar Foi na Cruz”, contou.

Dona Helena então pediu que o filho cantasse e gravasse louvor. “Um dia, mãe. Vou dar de presente pra senhora. Um dia”, prometeu. Em 2015, no final de ano, Luciano gravou uma surpresa para sua sogra ao lado dos cunhados. Era “Raridade”, de Anderson Freire. “Esse projeto já batia na minha porta”, lembra.

Neste ano tão fora do comum na vida de todos, ainda no início de março e antes que tivéssemos noção do que estava por vir, Luciano, Flávia e as meninas voltaram de uma viagem à Itália, onde a pandemia já dava sinais graves da Covid-19. “Quando voltamos das férias e nos vimos abençoados por todos, com saúde, comemoramos o aniversário das meninas (5 de março) e logo na sequência procurei o Vinicius”, lembra. De imediato, recebeu composições de Tiago Cardoso Baruque, um expert em louvores. A partir de então, eram dezenas de composições recebidas semanalmente.

O álbum será disponibilizado nas plataformas digitais a partir de 16 de outubro, com o lançamento de TEMPO, e deve ser dividido em EPs.

As faixas serão:

1) Reina

2) Oh, Glória

3) Eu sou teu

4) Tempo

5) Te necessito (versões em espanhol e português)

6) Perdão

7) Ele é Jesus

8) Seu templo sou eu

9) Águas tranquilas

10) Tu sabes, Senhor

11) Olhos não viram

12) Exaltado

13) Eu me rendo

14) Obra de amor

15) Templo

“É muito importante saber que, na felicidade, reverencio ainda mais a Deus. E trago a público esta verdade com o dom que Ele me abençoou e assim o traduzo em louvores. Eu, diferentemente de muitos, não busquei por Ele no momento da dor… Muitos artistas deixaram de cantar o secular para cantar gospel em momentos assim.” Luciano volta a enfatizar que este trabalho não tem visão comercial. “É uma missão de louvor. A pandemia mudou a rotina, mudou o rumo, creio que muitas vezes só temos como realizar algo paralelo ao nosso trabalho quando a sua plenitude toca o dedo de Deus.”

Amém!

Fonte: Metrópoles

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