JM NOTÍCIA

Lição 13: A Leitura da Bíblia e a Educação Cristã

A paz do Senhor Jesus. Na lição de número 13 estudaremos o tema A Leitura da Bíblia e a Educação Cristã. Nesta última aula do trimestre que teve como tema geral a Supremacia das Escrituras, aprenderemos que a Educação Cristã tem como finalidade a formação espiritual e o desenvolvimento do caráter do cristão. Veremos também que a Escola Dominical, dentre outros, é uma agência educadora no contexto x da Igreja.

Como ficou muito bem definido em todas as lições deste trimestre, a fonte para o ensino é a Bíblia Sagrada, autoridade suprema de fé e prática para o salvo em Cristo. A leitura e o estudo das Escrituras servem de base para o conteúdo programático a ser observado tanto em sala de aula como fora dela.

Para o vídeo de subsídio de hoje abordaremos a definição de Educação Cristã nas Escrituras e também um resumo de alguns dos principais ensinamentos bíblicos sobre a natureza da Educação Cristã na Igreja.

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Vamos então ao assunto desta abençoada lição.

O que é Educação Cristã?

A Educação Cristã é uma filosofia de educação que declara explicitamente que Cristo é o Senhor. Uma educação cristã genuína proporciona o desenvolvimento espiritual, intelectual, social/emocional e físico do cristão e dá propósito ao aprendizado.

A Escola Dominical e a Educação Cristã

A EBD – Escola Bíblia Dominical é uma importante reunião que ocorre geralmente nos domingos de manhã em todas as igrejas evangélicas. A EBD, como é conhecida, tem como finalidade proporcionar um ambiente colaborativo para o estudo da Palavra de Deus. Nela, pastores, professores, teólogos, pedagogos e alunos discutem a Bíblia, práticas cristãs, problemas da atualidade e outros assuntos de grande importância para o crescimento espiritual dos envolvidos.

A Escola Dominical, também conhecida por Educação Cristã é fundamental para que qualquer igreja seja madura. Podemos falar de Educação Cristã (EC) porque a mesma transcende o domingo (dominical) e deve ser vista como um projeto pedagógico de toda a igreja que inclui tudo o que ela faz.

O ensino na Igreja

Os dons (graça, que no grego é charis) espirituais são capacitações da “graça [que] foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo” (Ef 4:7). Dentre estes dons se encontra o ensino via os mestres (didaskalos no grego), principais responsáveis pelo desenvolvimento didático da comunidade.

A tarefa primordial e essencial do mestre na igreja está claramente definida pelo Apóstolo Paulo: “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4:12). Ou seja, a finalidade é o aperfeiçoamento da comunidade (“dos santos”) que literalmente significa capacitação.

É plano de Deus que a igreja seja uma comunidade capacitada e capacitadora. Sem isso, ela não conseguirá cumprir a missão de Deus no mundo e tal tarefa está, primordialmente, debaixo dos pastores-mestres. É comum se ouvir dizer que nem todo mestre é pastor, mas todo pastor é (ou deveria ser) mestre!

Assim sendo, vejamos alguns passos fundamentais para o “aperfeiçoamento dos santos” por meio da educação cristã, conforme nos orienta o aposto Paulo:

É necessário direção: “cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (v. 15).

É a partir de Cristo, a cabeça, que o corpo cresce e desenvolve suas capacidades. Cristo é centro, que dá a direção e a motivação para estarmos e caminharmos juntos. O que faz sentido a Igreja é que tudo o que ela faz, faz “naquele” – Cristo. Se Ele não é a motivação da igreja, nada nos motivará e qualquer outra motivação que não seja Cristo, é passageira, circunstancial e danosa. Os membros (do corpo) só podem ser saudáveis e fortes quando cada um é obediente à direção que Cristo nos dá.

É necessário o envolvimento de todos: “de quem todo o corpo” (v. 16).

Por amor a Cristo e seu corpo, todos agora se envolvem. Cristo é a nossa motivação para o envolvimento e engajamento. Nosso envolvimento não é fruto de alguém ficar pedindo para “fazer isso ou aquilo”, ou “participe no ministério X”. Todos se envolvem porque amam o Senhor. Jesus perguntou a Pedro: “você me ama?” “Se você me ama, então envolva-se Pedro, cuidando das minhas ovelhas”, disse Ele. Ou seja, demonstre esse amor no envolvimento e engajamento com seus irmãos e irmãs. E isso não pode ser de uma ou outra pessoa, é de todo o corpo. Todos são importantes. Todos são necessários. Todos são úteis!

É necessário organização: “bem ajustado” (v. 16).

Para que a igreja cresça, se desenvolva e siga na mesma direção é necessário que todos sirvam de forma coordenada. Não se trata de estarmos envolvidos em projetos de interesse pessoal. Temos senso de direção por causa de Cristo; por causa d’Ele todos se envolvem, e para isso é necessário organização e gestão. O corpo é um organismo (vivo) que necessita de organização. A expressão de ordem aqui é bem ajustado. O desajuste é fruto da ausência de organização. Ajustar e organizar não podem conspirar contra a criatividade e espontaneidade. Ajustar significa ter a estrutura correta para que a criatividade e espontaneidade tenham um ambiente adequado para florescer. Lembremos: é ajuste do corpo! Corpo representa mobilidade e dinamismo. Não se trata de algo estático e imóvel (não confundamos corpo com prédio ou templo). Trata-se de um organismo vivo, que se movimenta, meche, tem emoções. Se não estiver bem ajustado ele para.

É necessário trabalhar em equipe: “unido pelo auxílio de todas as juntas” (v. 16).

A palavra junta significa: toque, contato, pegar, ponto de contato. Isso complementa o que foi dito no ponto anterior. Não podemos trabalhar de forma descoordenada, bagunçada, sem organização. Antes, nosso trabalho deve ser coordenado. É trabalho em equipe onde todos são importantes, um entrando em contato com o outro, um apegado ao outro, onde todos são pontos de contato. Cada pessoa funciona como uma junta de uma equipe coordenada. Vejam: estamos (o corpo) ligados a cabeça (Cristo) e a cada um de nós somos o ponto de contato para fluir o alimento para o corpo. Uma igreja sem senso de equipe jamais será uma igreja unida, forte, que cresce, se cada um faz o que bem entende. Ao contrário disso, somos dependentes de todos (mutualidade) e todos dependentes de Cristo, a cabeça. Uma igreja assim muda seu modo de pensar. Por exemplo: quando você for visitar alguém no hospital, em vez de se chatear porque fulano e beltrano não foram, você se alegra em Deus porque você foi, você foi a liga da igreja entre aquele irmão que sofre e seus irmãos na fé. Se um foi, todos foram!

É necessário que todos saibam sua missão no corpo: “cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função” (v. 16).

O todo é constituído das partes. Cada parte deve cooperar visando o suprimento do corpo. Cada parte realiza sua função, seja ela qual for. Agora vem o outro lado da questão. Se você não fez e era sua parte fazer, você está conspirando contra a saúde do corpo. Por isso cada um de nós deve possuir um profundo senso de missão, ou seja, quem sou eu e o que devo fazer. Deus respeita a identidade de cada um dentro do corpo, mas é necessário que cada um de nós saiba claramente qual é o seu ministério-serviço no cooperar. Se apenas uns se preocupam em trabalhar e outros apenas observam, nunca conseguiremos desenvolver a missão para a qual Deus tem nos chamado. Note como você é importante aqui, pois o corpo “cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função”. Note que você sozinho não é o corpo de Cristo. Diferente do corpo que cada um de nós tem, caso você e eu sejamos descuidados, nosso próprio corpo sofrerá o dano. Na igreja não é assim. O corpo é de Cristo. Se não cumprimos nossa parte, quem sofre é a Igreja.

Concluindo, a importância da educação, de acordo com essa orientação do apóstolo Paulo, está em:

Capacitar os santos a serem semelhantes e imitadores de Cristo:

“todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4:13).

Sem conhecimento (do Filho de Deus) a unidade da fé jamais existirá. Ajuntamento sem conhecimento corre o risco de piorar em vez de melhorar as coisas. Quando Paulo instrui a Igreja de Corinto sobre a celebração da Ceia do Senhor, note atentamente o que ele disse:

“Nisto, porém, que vos prescrevo, não vos louvo, porquanto vos ajuntais não para melhor, e sim para pior. Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio. Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio” (1 Co 11:17-19).

Capacitar os santos para discernirem o falso e o verdadeiro:

“para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef 4:14).

A verdade conduz; o erro induz. Uma comunidade sem educação cristã facilmente será induzida, pela artimanha e astúcia “dos homens” (leia-se, pessoas deliberadamente enganadoras) cujo foco é desviar a igreja de Deus para viver no erro e não na Verdade!

Capacitar os santos para o desempenho do seu serviço “… para o desempenho do seu serviço” (Ef 4:12)

Aqui está a relação entre teoria e prática! A finalidade da educação cristã é o serviço, ou sejam, capacitar os santos para a missão de Deus no mundo. Não se trata de passar conceitos bíblicos e outros, para que a pessoa simplesmente aprenda e saiba, mas sim que tal processo de ensino-aprendizado conduza ao fazer. Saber sem fazer é coisa de fariseu e não de cristão maduro. Jesus disse: “Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem” (Mt 23:3). Eis o ponto: divorciam o saber do fazer. O nome disso é incoerência! Não queremos formar incoerentes, mas sim pessoas que, coerentemente, servem a Deus e ao próximo como fruto de um saber que os leva a fazer! A educação cristã sem missão jamais deveria se chamar educação, mas sim omissão cristã.

Conclusão

Assim, escola dominical/educação cristã é fundamental para o desenvolvimento espiritual/missional dos santos e precisa ser um fórum de aprendizado permanente e dinâmico, centrada na Palavra de Deus, mas sintonizada com o que está no mundo e no contexto local/regional da igreja. Palavra e contexto jamais deveriam estar separados, pois é a Palavra que transforma o contexto e, por sua vez, é o desafio os santos para o exercício/desempenho do seu serviço capacitados pela Palavra!

Valorize a educação cristã de sua igreja! Agradeça a Deus pelos mestres de sua igreja. E se, porventura, é necessário melhorar, o melhor caminho é se envolver e contribuir. Sim, as críticas são necessárias, mas desde que venham acompanhadas de ações participativas e transformadoras.

O CANAL

Eu sou Sergiano Reis e te convido a estudar comigo esta bela aula sobre a inerrância da Bíblia – A Palavra de Deus.

Dicas e sugestões? Via e-mail sergianoreis@gmail.com

 

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