O deputado federal Eli Borges (Solidariedade – TO) denunciou as limitações feitas à liberdade de culto e atividades religiosas pelas autoridades públicas no estado do Tocantins, durante Sessão Plenária Virtual nesta quinta-feira dia (21/05), na Câmara dos Deputados.
Para o parlamentar tocantinense, as autoridades desconhecem a função essencial desempenhada na alma e sentimentos das pessoas pela Igreja e, devido a isso, tendem a cercear esse direito em nome de uma “proteção estatal” coletiva.
Desde o início da pandemia o deputado tem se colocado pela defesa do direito das igrejas continuarem a funcionar dentro das recomendações feitas pelas autoridades sanitárias e obedecendo aos devidos protocolos.
Coação
O deputado critica o fato de muitas igrejas, mesmo obedecendo a todos as recomendações, estarem recebendo visitas da polícia como forma de intimidação.
Lamentou também o fato do Ministério Público no Tocantins ter excedido na dose das recomendações, pois tem agido de forma muito rígida com as igrejas, mesmo estas adotando todos critérios de precaução “acima do exigido pela OMS”.
Perseguição velada
Eli Borges ressalta que para ele alguns gestores de municípios e estados no Brasil estão se aproveitando politicamente, de maneira velada, para praticar excessos e atrapalhar o funcionamento da igreja.
“Se a igreja adota todos os critérios não há porque ela deixar de funcionar”, explicou.
Em defesa da vida
“A igreja nunca foi e nunca será distribuidora de coronavírus”, disse Eli Borges ao ressaltar que não busca a relativização da vida em sua defesa pelo funcionamento das igrejas, mas sim a garantia de um direito constitucional que, por motivos terceiros, tem sido tirado do segmento por autoridades que não gozam de bom senso no exercício da gestão.
“O povo de Deus é ordeiro, organizado, tem visão de decência e naturalmente pode desenvolver as suas atividades litúrgicas obedecendo a critérios de procedimentos, repito, da OMS do ministério da Saúde sem trazer nenhum problema para sua membresia”, defendeu Eli.
O deputado mostra que as limitações são tantas que até mesmo os cultos evangélico no sistema drive-thru, onde os fieis permanecem dentro dos próprios carros, têm tido resistência.
“Isso tá me cheirando um procedimento que beira, de certa forma, a uma perseguição religiosa”, denunciou.
Borges concluiu sua fala afirmando ser em defesa da quarentena, mas de uma forma que a Igreja seja respeitada e valorizada pela sua função essencial no amparo ao ser humano, principalmente em tempos de crise como o que vivemos.
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