A Suprema Corte Nacional de Justiça do México ordenou que alguns cristãos protestantes fossem protegidos e reintegrados nas comunidades de onde foram expulsos em 2017. Os seguidores de Jesus foram forçados a sair das casas no estado de Jalisco porque negaram a participação em atividades religiosas comunitárias.
“Embora as comunidades tenham o direito de expulsá-los para proteger a cultura, religião e subsistência, isso não pode ir ao extremo de removê-los do território da comunidade, pois isso violaria o direito às condições mínimas de vida, deixando-os sem habitação, pertences e meios de subsistência decentes”, afirma o tribunal sobre o caso.
Segundo um advogado local, a decisão é uma vitória, mas deve ser acompanhada de perto. “As autoridades comunitárias violam as resoluções e se escondem atrás dos próprios costumes e assembleias comunitárias”, explica. Já o porta-voz da Portas Abertas no México também lembra que viver em Jalisco continua a ser um desafio para os seguidores de Jesus: “A liberdade de religião ou crença no México é protegida por lei, mas na prática as comunidades indígenas seguem as próprias regras. Vamos aguardar os resultados do cumprimento da resolução, especialmente em Jalisco”.
O México está entre os países em observação na Lista Mundial da Perseguição 2020. Porém, o dado não indica que os seguidores de Jesus não enfrentam mais hostilidade em áreas controladas por grupos criminosos e indígenas. Pelo contrário, os resultados de se manterem fiéis a Jesus são prisão, agressão, rejeição e expulsão das próprias casas.