Para enfrentar a COVID-19, líderes mundiais propuseram precauções a fim de evitar a aglomeração de pessoas. Uma das medidas tomadas foi a suspensão das aulas e fechamento das escolas. Em Kaduna, estado na Nigéria, essa medida foi adotada no dia 23 de março. De acordo com a Fundação Cristã Hausa (HAFCO, sigla em inglês), que trabalha apoiando o povo minoritário hausa no país, a adolescente Joy foi afetada pela medida, mas não chegou em casa, como de costume.
Os familiares da cristã fizeram a busca pela filha e foram informados pelo chefe da aldeia de Rumi que a garota estava sob o poder do líder muçulmano de Ikara, chamado Hamza Bello. Joy também enviou mensagem de texto aos parentes pedindo ajuda. Os pais dela foram até a casa do sequestrador, onde souberam que ela tinha se convertido ao islamismo e não poderia mais viver entre os seguidores de Jesus. Apesar da insistência dos familiares, a garota não foi libertada.
Eles retornaram mais uma vez até o local de cativeiro da filha, mas foram ameaçados por jovens apoiadores do líder religioso. Então, precisaram recorrer à justiça para terem Joy de volta. Com os fechamentos dos tribunais durante a quarentena, a situação se complicou. Quando isso ocorre, o próximo passo dos sequestradores é obrigar a adolescente a casar com um radical islâmico. Infelizemente, a Portas Abertas já noticiou outros sequestros de cristãs nigerianas como as meninas de Chibok e Leah Sharibu.
Joy é natural de uma vila na região de Rogo, no estado de Kano. Ela perdeu o pai quando ainda era pequena. Então o pastor Markus Ahmadu adotou a menina aos seis anos e patrocinou a educação dela, tanto no Ensino Fundamental, como no Médio, que ela ainda estava cursando. A HAFCO confirma que a adolescente é uma de três meninas presas no norte do território atualmente. Até agora, 13 outras garotas de diversas regiões do país foram resgatadas pela organização. Mas nenhum sequestrador foi responsabilizado e preso pelos crimes cometidos.
(Com Portas Abertas)