Da redação
Prosseguindo com as oitivas, a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades nas aplicações financeiras do PreviPalmas, ouviu mais uma testemunha na segunda-feira, 29: a ex-presidente do Instituto, Wally Aparecida Macedo Vidovix. A testemunha afirmou que durante sua gestão eram necessárias quatro assinaturas para investimentos financeiros.
Wally explicou que permaneceu no cargo por cerca de cinco meses e que durante este período não teve nenhuma reunião com o então prefeito, Carlos Amastha (PSB). “Participei de todas as convocações, mas apenas em conjunto com outros secretários, nunca o encontrei em particular. Quando estávamos em reunião, o ex-prefeito falava sobre as estruturas gerais do município, não diretamente o PreviPalmas”, explicou.
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Questionada sobre as movimentações financeiras e investimentos do PreviPalmas, Wally explicou que era necessárias quatro assinaturas para este tipo de realização. “Era necessário a minha assinatura, como Presidente do PreviPalmas, da diretora de administração e finanças, também do PreviPalmas, e do gestor e da diretora financeira da Secretaria de Finanças do Município. Havia investimentos anteriores, mas na minha gestão não foi feito nenhum”, afirmou.
Para o vereador Milton Neres (PP), presidente da CPI, o fato da ex-presidente não conseguir despachar pessoalmente com o ex-prefeito demonstra a falta de preocupação com o dinheiro dos servidores. “Além disso, vemos que temos atos delegatórios que exigiam quatro assinaturas para movimentações financeiras e que, após a gestão da Wally, este ato sumiu. Os investimentos passaram a ser feitos com apenas duas assinaturas, inclusive teve movimentação de R$8 milhões por telefone. Apenas um telefonema decidiu R$8 milhões de reis dos servidores públicos. Um absurdo”, criticou.
Aprovação de Requerimentos
Os vereadores aprovaram a prorrogação do prazo da CPI em mais 60 dias. Com isto, a data para finalização da Comissão passa a ser cinco de julho deste ano. Além disto, a oitiva de Elton Felix Gobi Lira, designada para o dia sete de maio, em Belém-PA, terá caráter reservado, pois ocorrerá em um presídio, tendo sido autorizado a participação de apenas sete pessoas, sendo os cinco vereadores membros titulares da CPI e dois assessores técnicos. Esta aprovação teve voto contrário dos vereadores Moisemar Marinho (PDT) e Tiago Andrino (PSB).
A CPI aprovou ainda a condução coercitiva do ex-presidente do PreviPalmas, Maxcilane Machado Fleury para comparecer na condição de testemunha à reunião da Comissão marcada para o dia 21 de maio, ás 14h. Já o depoimento de Micheli Afonso, marcado para esta mesma data, foi aprovado para ocorrer em caráter reservado devido à testemunha ter apresentado atestado médico de gestação de risco.