Da Redação JM
Não haverá recuo, informou O Antagonista.
Ambos contam com o apoio dos EUA para lidar com eventuais retaliações diplomáticas ou comerciais.
Entenda
Em entrevista ao jornal israelense Hayon, o presidente eleito Jair Bolsonaro confirmou que seguirá o exemplo dos Estados Unidos e mudará a Embaixada brasileira de Tev Aviv, para Jerusalém.
“Israel é um Estado soberano. Se os senhores decidirem qual é a sua capital, nós os seguiremos. Quando me perguntaram durante a campanha se transferiria a Embaixada se fosse eleito presidente, respondi sim. Vocês decidem sobre a capital de Israel, não outros povos”, afirmou Bolsonaro.
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Ao tomar conhecimento dessa decisão, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, usou o Twitter para comemorar e dizer que estava emocionado com tal declaração.
Malafaia comenta
A transferência da embaixada é apoiada por líderes evangélicos. O pastor Silas Malafaia, um dos líderes expressivos do país que apoiam Bolsonaro comenta a promessa.
“Jerusalém, desde que David a fundou, sempre foi capital do Estado de Israel. Onde Jerusalém foi capital do mundo árabe? Eu não conheço na história. Ele (Bolsonaro) acha que é um Estado soberano, que tem o direito de colocar a capital onde quiser”, disse o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, um dos líderes mais próximos de Bolsonaro.
“Não houve pressão dos evangélicos, mas nós somos 100% a favor disso, ou pelo menos 99,9%, se tiver algum ‘esquerdopata gospel’ aí”, disse Malafaia.
O pastor não acredita que a reação dos países árabes fará Bolsonaro mudar de ideia e diz que nenhum deles deixou de negociar com os Estados Unidos depois da mudança da embaixada americana para Jerusalém. “Quando Bolsonaro mudar a embaixada para Jerusalém, o Brasil vai ser abençoado como nunca. É a minha fé”, disse Malafaia.