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Eritreia continua perseguindo cristãos e mantém centenas em prisões

Da redação

Há mais de um ano que o governo da Eritreia assinou uma “Declaração Conjunta de Paz e Amizade” com a vizinha Etiópia. Passagens de fronteira abertas, famílias rejuvenescidas, esperança estava no ar.

Porém, no ano em que algumas passagens de fronteira foram fechadas, a Eritreia continua sendo amplamente isolacionista e permanece em pé de guerra. Além disso, o país que ocupa a 7ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, reconhecido como a Coreia do Norte da Áfica,  “continua a violar a liberdade religiosa”. Essa é a avaliação da Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional, um órgão consultivo do Departamento de Estado dos EUA, e que acaba de lançar uma atualização anual sobre o país da África Oriental.

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Para apoiar sua avaliação, a comissão citou um vídeo em abril divulgado pelo patriarca da Igreja Ortodoxa da Eritreia, Abune Antonios. Em seu relato, Antonios dá vários argumentos para os eritreus ‘questionarem a narrativa do governo’ sobre liberdade religiosa. Ele está em prisão domiciliar há 13 anos.  Isso também apontou para as prisões em massa de cristãos em maio deste ano (leia mais aqui e aqui), além do fechamento de toda a rede de clínicas de saúde e hospitais administrados por cristãos, em junho (leia mais aqui).

“Para que a Eritreia avance a partir de seu isolamento contínuo e alcance suas metas econômicas e de segurança, o governo também precisará melhorar as condições de liberdade religiosa”, conclui o relatório da comissão.

O número de refugiados eritreus na Etiópia, Sudão, Quênia e outros países indica claramente a insatisfação dos cidadãos com o atual regime e as condições de vida em seu país. Em 2018, a Eritreia assinou um tratado de paz com a Etiópia, que prevê a cooperação econômica entre os dois países.

Centenas de cristãos ainda estão em prisões na Eritreia. Eles são mantidos pelo governo sob péssimas condições, alguns em contêineres em temperaturas escaldantes. Milhares de cristãos foram detidos e presos nos últimos anos, alguns dos quais estão na prisão há mais de dez anos.

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