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Eleições 2018: Maioria de votos brancos e nulos não invalida eleição

Da Redação JM Notícia

Na pesquisa de junho do Datafolha, a intenção de votos brancos e nulos em um cenário sem Lula alcançou a marca de 28%, o número é nove pontos maior que os 19% de Jair Bolsonaro, que lidera a pesquisa.

Circula pelas redes sociais que se a maioria dos votos forem brancos e nulos a eleição é invalidada e nenhum dos candidatos que participaram poderão se candidatar novamente. Mas essa informação é boato.

Ao site da Câmara dos Deputados, o consultor legislativo Roberto Pontes declara que o voto é uma responsabilidade política do cidadão e que anular o voto ou votar em branco não irá invalidar o pleito.

“Em períodos pré-eleitorais, é comum surgirem alguns boatos e lendas urbanas no sentido de que, se houver um determinado número de votos brancos e nulos, a eleição seria nula. Não. A eleição é decidida por quem se manifesta, por quem escolhe alguém em termos de um voto válido. A manifestação apolítica do eleitor, ainda que em número elevado de votos brancos e nulos, não tem o condão de anular qualquer eleição”.

O que o consultor legislativo declara é que mesmo se 99,9% dos eleitores votarem nulo ou em branco, a eleição será válida e os destinos do país serão guiados pelo 0,1% que compareceu às urnas.

“Votar branco ou nulo significa invalidar o seu voto. Hoje em dia, não há diferença entre votos brancos e nulos. Eles simplesmente são votos inválidos. Os eleitores que votam dessa forma demonstram, com esse ato, o inconformismo e a insatisfação com o modelo, com os candidatos, enfim, com o quadro político em geral”, completa.

Abstenção, nulos e brancos foram altos no Tocantins

A eleição suplementar no Tocantins mostram bem a insatisfação dos eleitores: foram 2,59% de votos em branco e 23,46% de votos nulos. Fora isso, 34,86% dos eleitores não compareceram, totalizando 527.868 eleitores. Para se ter uma ideia, Mauro Carlesse (PHS) foi eleito governador com 75% dos votos válidos, ou mais precisamente, 368.553 votos.

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