Um dos presos por participar do sequestro que terminou na morte da pastora e professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) Marcilene Oliveira Sampaio, 38 anos, e da sua prima Ana Cristina Santos Sampaio, 37, afirmou que o mentor do crime, o pastor Edmar Santos, queria assustar as vítimas.
Segundo Fabio de Jesus Santos, 34, custodiado na delegacia de Vitória da Conquista, Edmar articulou tudo e chamou os amigos para “dar um susto (na família)”. Na delegacia, Fabio disse que também é pastor. Ainda segundo ele, Edmar queria se vingar. As investigações apontam que a motivação do homicídio seria uma vingança porque a pastora Marcilene estaria levando muitos fiéis da igreja do pastor Edmar.
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Adriano Silva dos Santos, 36 anos, contou que também foi convidado apenas para assustar a família, mas disse que Edmar durante a ação mudou os planos. “Quando chegou lá Edmar mudou a história, que não podia deixar testemunha para não complicar ele depois e que iria matar a mulher. Quem matou foi Edmar”, conta. “Elas não esboçaram reação nenhuma, elas deitaram o tempo todo e só pediram por Deus”, detalha Adriano, que confessa ser o dono da arma.
Inicialmente, Fabio contestou que tivesse participado da ação. Ao ser abordado pela polícia próximo ao local do crime, disse que teria sido vítima de um assalto. Na delegacia, depois de muitos interrogatórios, confessou o envolvimento, que aceitou o convite de Edmar e dirigia o veículo usado na ação.
O esposo de Marilene, o pastor Carlos Eduardo de Souza, 50, também foi sequestrado e espancado. Ele foi conduzido no veículo Versa de propriedade de Fabio. Durante o trajeto, o marido da professora conseguiu provocar um acidente e fugir. Segundo Fabio, os pastores Edmar e Carlos Eduardo já teriam discutido por conta dos fiéis. Edmar segue foragido.